Mercado de feijão mantém cautela no pico da safra
Para o feijão-preto, o Paraná registra preços estáveis

O mercado de feijão manteve nesta semana o comportamento típico do pico da terceira safra, com pressão sobre os preços na base produtora e compradores mais cautelosos que ativos, segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe). No Noroeste de Minas Gerais, cerca de 75% das lavouras já foram colhidas e aproximadamente 45% da produção comercializada. A menor safra, que pode ter recuado entre 25% e 35%, reduziu o volume tradicionalmente armazenado.
No feijão-carioca, os negócios oscilaram entre R$ 200 em Goiás (mais impostos) e R$ 215 a R$ 220 em Minas e no próprio estado goiano. Produtores com capacidade de estocagem têm optado por segurar parte da oferta, equilibrando a necessidade de caixa com a preservação de valor. Essa postura tende a manter o mercado mais firme nas próximas semanas.
Para o feijão-preto, o Paraná registra preços estáveis, mas a oferta disponível segue restrita. Vendedores com produto de qualidade também estão preferindo reter a mercadoria, apostando em valorização no decorrer do segundo semestre, quando a oferta deve ser menor que no início do ano.
Com o consumo fluindo, promoções no varejo e perspectiva de escassez à frente, o setor entra em um período que exige cautela e planejamento. A próxima colheita tende a ser significativamente menor, reforçando a importância de monitorar de perto o mercado e manter estratégias de médio prazo.
“O consumidor está comprando, o varejo está promovendo, e o fluxo está andando. Temos pela frente um longo segundo semestre até a próxima colheita, que tende a ser muito menor do que a registrada no início deste ano…”, conclui.