Cuidado com a mancha-alvo da soja
Os próximos passos do projeto envolvem estudos de associação genômica ampla (GWAS)

A mancha-alvo da soja, doença causada pelo fungo Corynespora cassiicola, tem se tornado uma preocupação crescente para os produtores nas últimas safras, com impactos diretos na produtividade da cultura. De acordo com o agrônomo fitopatologista Endrio Webers, a colaboração entre o Laboratório de Controle Biológico (UCB), que ele representa, e o Laboratório de Bioquímica e Genética de Plantas (LBGP), coordenado pela pesquisadora Brizza Vargas, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), tem sido fundamental para o avanço nas pesquisas sobre a resistência de diferentes genótipos de soja a este patógeno.
Para o desenvolvimento do projeto, foram criados meios de cultura e protocolos específicos para a esporulação e inoculação do fungo Corynespora cassiicola, com a valiosa colaboração de Jessiane Correa e Kadir John Márquez Dávila, também do UCB. Essa fase inicial tem permitido uma avaliação mais precisa dos genótipos de soja em relação à resistência à doença.
Na análise dos resultados, o uso do pacote Pliman, desenvolvido e mantido por Tiago Olivoto, tem facilitado significativamente a avaliação da severidade da doença nos diferentes genótipos de soja. O software tem sido uma ferramenta essencial para a análise estatística dos dados, proporcionando uma visão mais clara das respostas das plantas à infecção do fungo.
Os próximos passos do projeto envolvem estudos de associação genômica ampla (GWAS), etapa na qual Brizza Vargas será responsável pela identificação de marcadores moleculares e genes associados à resistência da soja a Corynespora cassiicola. Esses avanços são cruciais para o desenvolvimento de variedades de soja mais resistentes à mancha-alvo, contribuindo para a sustentabilidade e o aumento da produtividade na cultura.