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Vai ter picanha pro agro: Adianta?

Governo Federal foi alvo de críticas por parte do presidente da bancada do agro Congresso


Presidente da FPA, Pedro Lupion, criticou atitudes do Governo Federal Presidente da FPA, Pedro Lupion, criticou atitudes do Governo Federal - Foto: Agência FPA

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, se mostrou um tanto quanto preocupado com a política de negociação do governo federal envolvendo o agronegócio e o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). O mês de abril é conhecido como Abril Vermelho, onde tradicionalmente o MST promove uma onda de invasões.

Nesse contexto, Lupion criticou os esforços do Planalto para estreitar as relações com a bancada do agro, onde o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem feito churrascos na Granja do Torto com ruralistas. “Não adianta fazer discurso que quer se aproximar, fazer jantarzinho com o agro, se o MST estiver mandando no governo. Cada um controla os seus aliados”, disse Lupion.

Para o presidente da FPA, a impressão deixada pelo governo é de que o clima ainda é de campanha eleitoral, com o Planalto não dando o devido valor ao agro. “Independentemente da ideologia que tenha uma parte majoritária dos produtores rurais ou do posicionamento politico que eles tenham, é uma parte importante da economia que precisa ser respeitada”, completou.

Em contrapartida, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, rebateu a declaração. “A FPA se retroalimenta com o discurso de que o governo não gosta do agro. Para nós, a eleição acabou. A próxima é em 2026. Não é para fazer churrasco e fazer espuma, é para debater. Minha porta está aberta”, indicou o ministro.

Além disso, ele ainda citou um ponto de vista de “equilíbrio” que o governo está buscando, como no caso da chamada Lei dos Agrotóxicos, que teve vetos por parte de Lula, ponto que não satisfez o agro. “O governo é plural e do debate. É óbvio que nenhum tema é unanimidade. Então, se alguns setores do governo acham que ficou exacerbado (o que saiu do Congresso), o presidente faz o papel dele de equilíbrio. Ele vetou (no caso da lei dos agrotóxicos), mas ninguém vai ficar magoado se o Congresso fizer sua parte e derrubar os vetos. Ele vai respeitar o que a Casa decidir. E vida que segue”, concluiu.
 

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