Soja brasileira ganha espaço com tensões comerciais entre China e EUA

O mercado da soja encerrou a última semana com oscilações nos prêmios de exportação nos principais portos brasileiros. Segundo informações do boletim informativo do Imea, o prêmio de exportação em Santos, referente ao contrato corrente, fechou entre os dias 18 e 22 de agosto com média de ¢US$ 188,20/bu, representando uma queda de 14,06% em comparação à semana anterior.

Em Paranaguá, o cenário também foi de retração. O indicador registrou recuo de 6,91% no mesmo período, encerrando a semana com média de ¢US$ 168,50/bu. Apesar dessas baixas semanais, os prêmios ainda estão entre os mais elevados das séries históricas acompanhadas pelo mercado.

Quando comparados ao mesmo período de 2024, os números mostram valorização significativa. Os prêmios de Santos e Paranaguá avançaram 26,82% e 35,93%, respectivamente. O principal fator por trás desse desempenho é a crescente demanda internacional pela soja brasileira, especialmente da China, que aumentou em 5,02% as compras em relação ao ano anterior e 20,23% frente à média dos últimos cinco anos.

Esse movimento é impulsionado pelo conflito tarifário entre Estados Unidos e China, que tem redirecionado parte das importações chinesas para o Brasil. Assim, mesmo em meio a oscilações semanais, a oleaginosa brasileira segue conquistando espaço no mercado global, fortalecendo sua competitividade.

Enquanto o cenário internacional se mantiver marcado por tensões comerciais, a expectativa é de que a demanda continue aquecida, sustentando os prêmios em patamares firmes. Dessa forma, o Brasil deve seguir como protagonista no fornecimento de soja para o mercado mundial, reforçando sua posição estratégica no agronegócio global.