Alta do milho puxa preços do trigo e da soja
O milho se destaca com maior impulso de alta

O início de setembro traz mercados agrícolas internacionais ainda influenciados pelo feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. De acordo com o boletim da TF Agroeconômica, os preços do trigo, milho e soja apresentam ajustes moderados, enquanto investidores avaliam posições e oportunidades de recompra.
No mercado do trigo, o final do trimestre registrou forte movimentação de recompras de posições vendidas por fundos, especialmente com os mercados norte-americanos fechados nesta segunda-feira (1º). Em termos de cotações, o CEPEA PR se manteve em R$ 1.408,30, sem variação diária, mas com recuo de 4,67% no mês; no CEPEA RS, o preço caiu 0,38% no dia, fechando a R$ 1.283,87. Já os preços internacionais seguem variados, com a Argentina e o Paraguai oferecendo volumes competitivos para exportação.
A soja, por sua vez, segue a expectativa por desdobramentos nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Enquanto o CEPEA PR interior marcou R$ 134,25 (-0,17% no dia, +1,03% no mês), o porto de Paranaguá cotou R$ 139,56 (-0,07% dia, +0,97% mês). Paralelamente, a China avalia abastecimento adicional de 10 milhões de toneladas de Argentina e Uruguai, estratégia que pode impactar as compras americanas e brasileiras.
O milho se destaca com maior impulso de alta, puxado pelas recompras de lotes nos fundos e pelo desempenho sólido das exportações dos EUA, superiores a 2 milhões de toneladas semanais. Na B3, o contrato SET25 fechou em R$ 65,49 (+0,37%), enquanto o JUL26 marcou R$ 68,80 (-0,14%). Internamente, os preços CEPEA registraram R$ 64,29 (+0,05% dia, +1,18% mês). Além disso, o setor avança com grandes investimentos, como a parceria entre Amaggi e Inpasa para construção de três mega usinas de etanol de milho no Mato Grosso.