Dólar em baixa reduz custo de insumos agrícolas

O dólar fechou ontem na mínima dos últimos 15 meses, um movimento que tem impacto direto no custo dos insumos agrícolas no Brasil. Segundo análise de Jeferson Souza, analista de inteligência de mercado, a queda da moeda norte-americana ajuda a reduzir os preços de fertilizantes e defensivos, já que grande parte dos produtores realiza essas compras em reais. Quando o câmbio fica abaixo de R$ 5,40, o efeito positivo sobre os custos tende a ser mais evidente.

No caso do cloreto de potássio, Souza explica que, em dólar, as cotações tiveram leves quedas nos últimos 30 dias, mas em reais a retração foi mais significativa, justamente pela influência cambial. Essa relação mostra como é importante observar não apenas o preço dos insumos em si, mas também a conexão com o valor das commodities agrícolas, que definem a rentabilidade do produtor.

O analista ressalta ainda que, sempre que o agricultor optar por comprar insumos em dólar, é fundamental que faça também a venda de parte de sua produção na mesma moeda. O mesmo vale para negociações em reais. Essa prática evita descasamentos cambiais que podem comprometer o resultado financeiro em um cenário de alta volatilidade.

Para a safra de soja 2025/26, cerca de 8% das compras de fertilizantes ainda estão em aberto, enquanto o volume de defensivos sem negociação é ainda maior. Esse espaço deve movimentar o mercado nas próximas semanas, com produtores atentos às oscilações do câmbio e às oportunidades de garantir melhores condições de compra. As informações foram divulgadas na rede social LinkedIn.