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Produção de milho do Zimbábue deve dobrar

As importações de milho devem recuar 300 mil toneladas



As importações de milho devem recuar 300 mil toneladas As importações de milho devem recuar 300 mil toneladas - Foto: Leonardo Gottems

A produção de milho no Zimbábue deve mais que dobrar no ano comercial de 2025-26, impulsionada por condições climáticas mais favoráveis, segundo relatório do Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A estimativa é de que a colheita alcance 1,3 milhão de toneladas, superando amplamente as 635 mil toneladas registradas no ciclo anterior, prejudicado pela seca. O FAS destacou que o desempenho desta safra foi favorecido por um padrão climático La Niña mais intenso na segunda metade do período produtivo.

Com a recuperação da produção, as importações de milho devem recuar 300 mil toneladas em comparação ao ano anterior, totalizando 1 milhão de toneladas em 2025-26. Apesar dessa redução, o volume segue elevado em termos históricos, já que a demanda doméstica é projetada em 2,2 milhões de toneladas, um acréscimo de 8% sobre o consumo de 2024-25. Grande parte das compras externas continuará vindo da África do Sul, que deverá ter cerca de 1,5 milhão de toneladas disponíveis para exportação nesse mesmo período.

Embora o milho seja o principal grão cultivado no Zimbábue, os agricultores locais enfrentam diversos obstáculos, ressalta o FAS. A produção é dominada por agricultores comunitários, responsáveis por 60% da área plantada, mas que respondem por menos de 40% do volume total, devido à baixa produtividade das lavouras.

Segundo o FAS, mais de 90% da produção depende exclusivamente das chuvas, já que o acesso a sistemas de irrigação ainda é muito limitado. Além disso, a capacidade de expansão da produção é contida por fatores macroeconômicos adversos e pelo alto custo de insumos, como combustível e fertilizantes, o que restringe a competitividade e a eficiência do setor agrícola do país.
 

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