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Morango sofre com umidade e fungos

Baixa produção mantém preços do morango elevados



Foto: Seane Lennon

A cultura do morango no Rio Grande do Sul apresenta comportamento distinto entre as regiões do estado, conforme indica o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (24) pela Emater/RS-Ascar. Segundo o levantamento, as condições climáticas recentes influenciaram diretamente o desenvolvimento das plantas, a incidência de doenças e os preços praticados no mercado.

Na região de Caxias do Sul, o predomínio de dias ensolarados, com pouca nebulosidade e chuvas escassas, favoreceu o aspecto fitossanitário das lavouras e estimulou o desenvolvimento das plantas, inclusive com a emissão de novas flores. De acordo com a Emater/RS-Ascar, houve ainda “leve melhora na qualidade, observada pelo incremento da coloração vermelha e pela redução da acidez dos frutos”. No entanto, a baixa produção e a elevada demanda mantêm os preços elevados, com valores entre R$ 30,00 e R$ 40,00 por quilo para os frutos in natura, e entre R$ 12,00 e R$ 15,00 para os congelados. Agricultores da região continuam adquirindo morangos de outros estados para atender à demanda local.

Em Pelotas, o cenário é distinto. A alta umidade relativa do ar e a reduzida insolação comprometeram o crescimento das plantas e a floração, ao mesmo tempo em que aumentaram a incidência de doenças, especialmente fúngicas. A produção tem sido baixa e os frutos, de pequeno calibre, com preços variando entre R$ 25,00 e R$ 40,00 por quilo.

Na região de Santa Rosa, produtores enfrentam uma elevada incidência de oídio, além de casos de antracnose de flor e pedúnculo. A Emater/RS-Ascar relata que “os produtores que utilizam produtos de baixa toxidez estão com maiores dificuldades para o controle”. Medidas como a substituição de plantas e substratos e a realização de podas de limpeza estão sendo adotadas.

Na regional de Soledade, o clima tem sido favorável à emissão de flores. Contudo, nas áreas do Baixo Vale do Rio Pardo, a presença de neblina ao amanhecer tem reduzido a luminosidade e, com o frio, há atraso no crescimento dos frutos e na maturação, além do aumento na ocorrência de doenças fúngicas.

Em Santa Maria, a cultura está em fase de crescimento das mudas recém-plantadas. Áreas com mudas de segundo e terceiro ano já apresentam produção, embora menos intensa do que nos períodos de pico. Em São Vicente do Sul, o excesso de umidade e a baixa luminosidade favoreceram o surgimento de antracnose e impactaram negativamente a floração. Em Agudo, os preços médios variam entre R$ 50,00 e R$ 70,00/kg na RSC-287. Já em Santa Maria, o valor médio está em R$ 35,00/kg.

Na região de Lajeado, em Bom Princípio, a safra se iniciou com intensidade. Os frutos apresentam bom tamanho, firmeza e doçura. A Emater/RS-Ascar informa que “não há ocorrência significativa de doenças ou pragas até o momento”. O preço médio do quilo, comercializado em caixas com quatro bandejas de 250 g, é de R$ 30,00, de acordo com a qualidade e o calibre dos frutos. No mesmo período do ano anterior, a produção era quase inexistente devido às chuvas intensas.

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