Cotações do milho recuam em Chicago
EUA exportam 28% mais milho que no ano anterior

A cotação do milho na Bolsa de Chicago registrou queda nos primeiros dias de agosto, reflexo do bom desenvolvimento das lavouras norte-americanas e dos desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China. A análise é da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), publicada nesta quinta-feira (7).
O preço do bushel para o primeiro mês cotado chegou a US$ 3,79 em 6 de agosto e encerrou o dia seguinte a US$ 3,84, abaixo dos US$ 3,94 registrados uma semana antes. A média de julho ficou em US$ 4,06, representando uma queda de 5,6% em relação à média de junho.
De acordo com a Ceema, "o excelente avanço da nova safra do cereal nos EUA, somado à guerra tarifária imposta por Trump, derrubam as cotações do milho". A entidade aponta que, em 3 de agosto, 73% das lavouras norte-americanas estavam classificadas entre boas e excelentes, frente aos 67% observados no mesmo período do ano passado. No mesmo levantamento, 88% das lavouras estavam em fase de embonecamento, número próximo à média histórica de 89%, enquanto 42% estavam na fase de formação de grãos.
No mercado internacional, os Estados Unidos embarcaram 1,2 milhão de toneladas de milho na semana encerrada em 31 de julho, superando as expectativas. Com isso, o volume exportado no atual ano comercial alcançou 48 milhões de toneladas, aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No Brasil, os preços permaneceram relativamente estáveis, mas em patamar considerado baixo e pressionado. No Rio Grande do Sul, a média semanal foi de R$ 61,98 por saca, enquanto as principais regiões do estado registraram valores entre R$ 58,00 e R$ 60,00. Nas demais regiões do país, os preços variaram entre R$ 44,00 e R$ 63,00 por saca.