Umidade favorece avanço das pastagens
Adubação reforça desenvolvimento em Passo Fundo

As pastagens de inverno começaram a atingir altura mínima para pastejo no Rio Grande do Sul, mas o crescimento das forrageiras tem sido limitado pelas condições climáticas recentes. A informação consta no Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (15) pela Emater/RS-Ascar.
Segundo o documento, apesar das restrições impostas pelo clima, os campos nativos acumularam biomassa suficiente. No entanto, a qualidade nutricional da forragem foi impactada. "Houve aumento da fibrosidade e redução na qualidade bromatológica, principalmente em razão da senescência", informou a Emater.
Na região de Bagé, o campo nativo respondeu positivamente às chuvas, mas a queda de temperatura e o encurtamento do fotoperíodo devem limitar o crescimento nas próximas semanas. Já em Caxias do Sul, a introdução de espécies adaptadas, somada à adubação e correção do solo, favoreceu o fornecimento de forragem de qualidade, segundo o boletim.
Em Frederico Westphalen, o avanço das pastagens foi estimulado pelas temperaturas mais amenas e pelas precipitações regulares. Na região de Ijuí, as chuvas do fim de semana restabeleceram a umidade do solo, o que permitiu o reinício do crescimento das forrageiras emergidas. Entretanto, o pastejo ainda não foi liberado.
Em Passo Fundo, produtores aplicaram cama de aviário e adubação nitrogenada para reforçar o desenvolvimento das pastagens. A região de Pelotas também registrou recuperação nas áreas implantadas, com avanço da semeadura nas áreas restantes.
Em Santa Maria, os volumes elevados de chuva causaram prejuízos, principalmente nas áreas com sobressemeadura recente, onde houve lixiviação de sementes. A região de Santa Rosa deve retomar a implantação de forrageiras nesta semana, devido à regularização da umidade do solo, que também favoreceu a germinação.
A região de Soledade ainda enfrenta os efeitos do vazio forrageiro outonal, o que tem aumentado a dependência por alimentos externos e os custos de produção. A expectativa da Emater/RS-Ascar é de que o retorno das chuvas, aliado à adubação, contribua para a recuperação das pastagens de inverno.