Goiás inicia vazio sanitário da soja para controle da ferrugem asiática
Agrodefesa inicia ação contra ferrugem asiática

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) informou que o vazio sanitário da soja em Goiás terá início em 27 de junho deste ano. A medida, que seguirá até 24 de setembro, proíbe o cultivo e a manutenção de plantas vivas de soja em todo o território goiano, incluindo as tigueras, plantas que germinam espontaneamente após a colheita.
Segundo a Agrodefesa, a ação tem como objetivo a prevenção e o controle da ferrugem asiática, considerada uma das doenças mais severas da cultura. “A eliminação das plantas vivas de soja nesse período é fundamental para interromper o ciclo do fungo causador da doença”, informou o órgão.
O estado de Goiás ocupa a terceira posição no ranking nacional de produção de soja, atrás apenas de Mato Grosso e Paraná. De acordo com o 11º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em 12 de junho, a expectativa para a safra 2024/2025 é de uma produção superior a 20,4 milhões de toneladas, em uma área de 4,95 milhões de hectares. A produtividade média projetada é de 4,12 toneladas por hectare.
A partir de 25 de setembro, o surgimento de plântulas de soja já será permitido. O prazo final para a semeadura será 2 de janeiro de 2026, conforme a Instrução Normativa nº 06/2024 da Agrodefesa. Os produtores devem realizar o cadastro das lavouras no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) até 15 dias após o encerramento do período de semeadura, com limite em 17 de janeiro de 2026.
A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que se espalha pelo vento e pode percorrer grandes distâncias. O fungo ataca as folhas da soja, provocando desfolha precoce e impactando a produtividade. Sem controle, as perdas podem ultrapassar 70% da produção nas áreas mais afetadas. A Agrodefesa reforçou a necessidade de os produtores seguirem o calendário oficial para evitar a proliferação da doença e reduzir o uso de defensivos agrícolas.