Milho apresenta variações distintas nas Bolsas
Na B3, os contratos futuros registraram ajustes pontuais

O mercado de milho apresentou variações distintas nesta quarta-feira (04), tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, refletindo movimentos cambiais, ajustes em Chicago e expectativas de exportações. Segundo informações da TF Agroeconômica, os preços na B3 encerraram o dia de forma mista, com leves oscilações, mas majoritariamente em queda, acompanhando o dólar e a bolsa de Chicago. Apesar da pressão negativa, o cenário interno mostra sinais de competitividade nos portos asiáticos, o que pode impulsionar as exportações brasileiras e fortalecer os prêmios nos próximos meses.
Na B3, os contratos futuros registraram ajustes pontuais. O vencimento setembro/25 encerrou cotado a R$ 65,31, com alta de R$ 0,36 no dia, mas queda de R$ 0,46 na semana. O contrato novembro/25 foi negociado a R$ 68,99, apresentando recuo de R$ 0,16 no dia e de R$ 0,90 na semana. Já o janeiro/26 fechou a R$ 71,87, queda de R$ 0,10 no dia e de R$ 0,18 na semana. Esse comportamento indica um mercado lateralizado, sem grandes movimentos de alta ou baixa no curto prazo, mas atento ao avanço da safra norte-americana e às movimentações cambiais.
Em Chicago, o milho recuou após três sessões consecutivas de alta, pressionado por realização de lucros e pelo início da colheita no sul dos Estados Unidos. O contrato de dezembro/24 caiu 1,18%, ou 5,00 cents, fechando a US$ 418,00/bushel, enquanto março/25 recuou 1,08%, ou 4,75 cents, encerrando a US$ 436,00/bushel. A queda foi limitada pela revisão do USDA, que reduziu a proporção de lavouras em boas ou excelentes condições de 71% para 69%.
Além disso, o NASS reportou que em julho foram utilizadas 11,3 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol nos EUA, alta de 2% frente ao mês anterior, mas queda de 5,8% na comparação anual. No acumulado da safra 24/25, o consumo segue levemente abaixo do registrado no ciclo anterior, o que mantém o mercado atento ao equilíbrio entre oferta e demanda.