RS: enchentes afetam a produção de tabaco
Os produtores finalizaram a colheita das folhas de tabaco
No último Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira (16/05) pela Emater/RS-Ascar, foi destacado o progresso na cultura do tabaco na região administrativa de Pelotas. Atualmente, está em curso a implantação de estufas sementeiras, utilizando o sistema "floating", que envolve canteiros flutuantes em água cobertos por plásticos agrícolas.
Os produtores finalizaram a colheita das folhas de tabaco e estão agora comercializando as folhas secas armazenadas nos galpões. Os preços recebidos têm sido considerados históricos, superando os valores mínimos estabelecidos na tabela de preços negociados entre empresas e produtores. Este aumento nos preços acelerou a comercialização, que está adiantada. A classificação do tabaco nos galpões também está em andamento, com valores acima das expectativas. A baixa presença de atravessadores indica uma intensa atividade de compra pelas empresas integradoras, que exigem fidelidade dos produtores. A previsão é que a comercialização termine até o final de maio, antecipando o prazo usual que seria até o final de junho. Os preços variam entre R$ 22,00 e R$ 26,00 por quilo de folha seca, chegando a R$ 420,00 por arroba do tabaco classificado como BO1. Alguns produtores relataram ter obtido até R$ 480,00 por arroba no final de abril.
Com a previsão de um retorno do fenômeno La Niña, indicando uma primavera mais fria e seca, os produtores já iniciaram a semeadura, visando a produção de mudas para o inverno. Há muitos relatos de aumento de área plantada.
Na região de Soledade, a comercialização está em fase final, com preços da arroba em alta. Na Candelária, as enchentes levaram bandejas de tabaco já semeadas, adubo e corretivos molharam, e houve queda de galpões e estufas. Isso pode resultar em uma redução na área plantada para a próxima safra.
Em relação a região de Santa Rosa, os principais municípios produtores próximos ao Rio Uruguai, como Alecrim, Novo Machado, Porto Mauá, Porto Vera Cruz, Porto Lucena, Roque Gonzales e Porto Xavier, o fumo é cultivado em pequenas áreas de um a três hectares. Os produtores estão estabelecendo contratos de financiamento para o plantio da próxima safra. Alguns estão higienizando as bandejas para a semeadura, quando as condições climáticas permitirem. No entanto, os preparativos para o plantio estão interrompidos devido à alta umidade do solo, causada pelas chuvas recentes.