Trigo e milho avançam; Soja recua
A soja apresentou queda nas cotações internacionais

Segundo a TF Agroeconômica, na abertura dos mercados nesta quinta-feira (05/06), o trigo iniciou o pregão em alta, refletindo as condições adversas enfrentadas tanto pelo trigo de inverno quanto pelo de primavera nos Estados Unidos. Além disso, a continuidade do conflito bélico entre Ucrânia e Rússia, dois grandes exportadores mundiais, mantém a pressão no mercado global.
No Brasil, contudo, a baixa margem dos moinhos tem restringido a demanda e pressionado os preços para baixo. Na Bolsa de Chicago (CBOT), o contrato de trigo para julho fechou a US$ 546,50 (+3,25), enquanto o para dezembro ficou em US$ 582,50 (+3,50). No mercado físico brasileiro, o preço do trigo em São Paulo (CEPEA) registrou leve queda de 0,28% no dia, ficando em R$ 1.534,02, e no Rio Grande do Sul caiu 0,12%, cotado a R$ 1.362,12.
A soja apresentou queda nas cotações internacionais, com o contrato de julho em Chicago valendo US$ 1.043,00 (-2,00), pressionada pelas tensões comerciais crescentes entre Estados Unidos e China, além dos atritos com a União Europeia, motivando fundos a realizarem lucros. No mercado interno brasileiro, contudo, a disputa entre indústrias e exportadores começou a influenciar uma elevação nos preços domésticos, com o indicador CEPEA do interior registrando ligeira alta de 0,13%, cotado a R$ 128,59.
O milho, por sua vez, reagiu com alta na CBOT, chegando a US$ 442,00 para o contrato de julho (+3,25), devido à possibilidade de redução da área plantada nos EUA, afetada por chuvas excessivas e queda na produtividade, que caiu de 75% para 69%. No Brasil, as cotações da B3 também subiram, com o contrato de julho valendo R$ 64,00 (+0,74%), apesar do anúncio recente da queda nas exportações brasileiras, que ainda não refletiu no mercado doméstico, mas pode gerar pressão para baixa a médio prazo.