Umidade favorece doenças em plantações de morango
Chuva e frio comprometem colheita de morangos

O Informativo Conjuntural divulgado quinta-feira (26) pela Emater/RS-Ascar apontou queda na oferta de morangos em diversas regiões do Rio Grande do Sul, o que resultou na elevação dos preços da fruta. Problemas climáticos e oscilações na floração das plantas são os principais fatores associados à baixa produtividade nesta etapa inicial da safra.
Na região de Caxias do Sul, a floração das plantas é reduzida e a produção permanece baixa. A menor disponibilidade do fruto in natura elevou os preços, que oscilaram entre R$ 35,00 e R$ 50,00 por quilo. Já o morango congelado foi comercializado entre R$ 12,00 e R$ 15,00 por quilo.
Em Bom Princípio, na região de Lajeado, o plantio de novas mudas foi encerrado. Segundo a Emater, “as temperaturas baixas e os dias chuvosos diminuíram a emissão de flores e a produção neste início de safra”. A umidade também tem prejudicado a maturação dos frutos, embora o estado sanitário das plantas esteja, em geral, sob controle.
No município de Turuçu, na região de Pelotas, as primeiras colheitas foram iniciadas. As cultivares de segundo ano e as de plantio precoce estão em fase de floração e frutificação. No entanto, o excesso de chuvas favoreceu o aparecimento de pragas e doenças. “Os agricultores realizaram reposição de mudas com problemas de origem”, informou a Emater. Os preços médios ficaram em torno de R$ 40,00 por quilo.
Em Santa Maria, as condições climáticas de alta umidade e baixa luminosidade contribuíram para o surgimento de doenças como mofo-cinzento e antracnose. Em São Vicente do Sul, produtores finalizaram o plantio e adotaram medidas de prevenção contra doenças fúngicas.
Na região de Santa Rosa, as temperaturas mais baixas estimularam a floração, mas o excesso de umidade e os dias nublados comprometeram a polinização. Como resultado, muitos frutos apresentaram deformações. A presença de antracnose, ácaros e lagartas também foi registrada. Os preços variaram entre R$ 20,00 e R$ 30,00 por quilo.
Já na região de Soledade, o tempo úmido e a baixa radiação solar favoreceram o surgimento de doenças fúngicas, mas reduziram a incidência de oídio e ácaros. A cultura está em fase de desenvolvimento e colheita, mas houve atraso no crescimento das plantas. Em Rio Pardo, a produção tem apresentado boa qualidade e produtividade, com preços entre R$ 20,00 e R$ 25,00 por quilo.