Trigo, soja e milho abrem o dia com movimentos moderados
No mercado argentino, o trigo mostra firmeza

De acordo com análise da TF Agroeconômica, o mercado internacional de grãos iniciou esta terça-feira (23) com oscilações leves, mas significativas, em meio a fatores climáticos e geopolíticos. O trigo segue pressionado em Chicago devido a chuvas nas Grandes Planícies dos EUA, que beneficiam o trigo de primavera, e pela colheita avançada de inverno no sul do país. A entrada de grãos de outras regiões do Hemisfério Norte, como Rússia e Ucrânia, também pressiona os preços.
No mercado argentino, o trigo mostra firmeza, impulsionado pela demanda externa diante da escassez e problemas de qualidade no Mar Negro. Exportadores “shorts” buscaram trigo com 12,5% de proteína, elevando os preços para US\$ 237/232 nos contratos de agosto e setembro. A situação interfere nas compras do Brasil, até então tranquilo como único comprador. A TF destaca ainda a cotação de dezembro de 2026 em Chicago, com valorização de US\$ 30,73/tonelada sobre os preços atuais, o que representa lucro de 11,52% — recomendando atenção às oportunidades.
A soja abriu o dia em alta, revertendo quedas anteriores. O movimento é impulsionado pela atuação de fundos de investimento em resposta ao anúncio de acordos preliminares dos EUA com Japão e Filipinas, que teriam prometido aumentar as importações agrícolas. Apesar disso, o mercado ainda aguarda uma posição da China, que não iniciou compras antecipadas da safra 2025/26.
O milho também registra leve valorização em Chicago, sustentado pelos acordos diplomáticos dos EUA com Japão e Vietnã. No entanto, incertezas tarifárias e boas condições das lavouras americanas, somadas à entrada da safrinha brasileira, limitam o potencial de alta.