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Fretes sobem em São Paulo apesar da queda no diesel

Setor sucroalcooleiro lidera exportações em São Paulo



Foto: Divulgação

Apesar da redução no preço do diesel e da diminuição do piso mínimo de frete, o custo do transporte rodoviário de cargas no estado de São Paulo apresentou leve alta em junho. Segundo a edição de julho do Boletim Logístico, divulgada nesta quarta-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento dos juros influenciou diretamente os pagamentos a prazo, o que contribuiu para o encarecimento dos fretes.

De acordo com a Conab, “nem mesmo a redução do piso mínimo de fretes e a queda no preço do diesel conseguiram manter os fretes em baixa”. O preço médio do diesel comum foi registrado em R$ 6,07, enquanto o S-10 alcançou R$ 6,20, ambos com retração em relação a abril, em função da diminuição no valor repassado às distribuidoras.

No comércio exterior, São Paulo exportou US$ 27,13 bilhões entre janeiro e maio, enquanto importou US$ 35,34 bilhões no mesmo período, evidenciando um déficit comercial. No agronegócio, as exportações somaram US$ 11,08 bilhões, queda de 11,1% frente ao mesmo período de 2024. As importações agrícolas, por outro lado, subiram 5,6%, totalizando US$ 2,47 bilhões.

O setor sucroalcooleiro lidera as exportações do agronegócio paulista, com receita de US$ 2,67 bilhões, seguido por carnes (US$ 1,5 bilhão), soja (US$ 1,2 bilhão), sucos (US$ 1,2 bilhão) e produtos florestais (US$ 1,2 bilhão).

As condições climáticas permaneceram dentro da normalidade, com chuvas e temperaturas próximas à média histórica para maio e junho. O impacto das geadas, embora registrado, ficou restrito a cultivos específicos de baixa expressão no estado, como hortaliças, morangos e maçãs, sem interferência significativa na dinâmica de transporte agrícola.

A Conab também destacou que obras de manutenção na rodovia Anchieta-Imigrantes, previstas para a segunda semana de julho, devem afetar temporariamente o escoamento da produção agrícola. “O reajuste das tarifas de pedágio, que pode chegar a 5,31%, também pode influenciar os custos logísticos ao longo do mês”, alerta o boletim.

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