Identifique a Helmintosporiose antes que seja tarde

A helmintosporiose, também conhecida como mancha de Turcicum (HT), é uma das principais doenças que afetam a cultura do milho, podendo causar sérias perdas de produtividade. Segundo Marcos Antônio Rosa, consultor de campo, a doença é causada pelo fungo Exserohilum turcicum e encontra condições ideais de desenvolvimento em ambientes com clima úmido e ameno, especialmente onde há orvalho prolongado e baixa luminosidade.

No campo, os sintomas da HT são facilmente reconhecíveis: manchas elípticas e alongadas nas folhas, com dimensões que variam entre 2,5 cm e 15 cm. A coloração dessas lesões vai de verde-acinzentada a marrom, e em plantas mais velhas podem apresentar centro amarelado a cinza com bordas avermelhadas. Em condições de alta umidade, ocorre esporulação escura nas lesões — um indicativo claro da presença do fungo.

As condições que favorecem a ocorrência da doença incluem temperaturas entre 18°C e 27°C, alta umidade relativa do ar, orvalho por mais de cinco horas e pouca incidência de luz solar. Para prevenir e controlar a HT, o especialista recomenda práticas como a rotação de culturas — que reduz a presença do inóculo do fungo no solo —, uso de cultivares resistentes com genes como Ht1, Ht2, Ht3 e HtN, além de manejo químico com fungicidas em casos mais graves. Também é essencial evitar áreas de plantio excessivamente úmidas e frias, além de manter uma adubação equilibrada, prevenindo o excesso de nitrogênio.

O manejo adequado é essencial, pois a helmintosporiose pode levar à seca total das folhas, comprometendo a fotossíntese e, consequentemente, a formação dos grãos. A identificação precoce e a adoção de estratégias integradas de controle são fundamentais para garantir a produtividade e a sanidade da lavoura.