Soja recua em Chicago com baixa demanda
A China, principal compradora mundial, ampliou suas compras em junho

As cotações da soja encerraram o pregão desta segunda-feira (15) em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT), pressionadas por fraca demanda externa, clima favorável nos Estados Unidos e ausência da China nas compras da nova safra americana. Segundo dados do fechamento do dia, o contrato de agosto, referência para a safra brasileira, recuou 0,32%, ou 3,25 centavos de dólar por bushel, cotado a US\$ 10,01. Já o vencimento de setembro caiu 0,18%, ou 1,75 cent/bushel, a US\$ 9,93.
De acordo com análise da sessão, o movimento baixista foi acentuado pelo corte nas inspeções semanais de embarques, que caíram 63% em relação à semana anterior, totalizando apenas 147.045 toneladas, abaixo do intervalo esperado pelo mercado (entre 200 mil e 500 mil toneladas). A China, principal compradora mundial, ampliou suas compras em junho, mas optou por adquirir 80% dos grãos do Brasil, reflexo das tensões comerciais com os EUA.
O farelo de soja também seguiu em baixa, com o contrato de agosto recuando 0,96%, ou US\$ 2,60 por tonelada curta, para US\$ 267,70. Por outro lado, o óleo de soja apresentou alta de 0,78%, ou US\$ 0,42 por libra-peso, sendo negociado a US\$ 54,17. A valorização do óleo reflete expectativas de aumento da demanda doméstica, diante do crescimento do uso de biodiesel e possíveis tarifas de 35% sobre o óleo de canola canadense, previstas para agosto.
Os fundos especulativos aumentaram suas posições líquidas vendidas, sinalizando um sentimento mais pessimista no mercado. Mesmo com alguns contratos de vencimentos mais longos registrando leves altas, a tendência de curto prazo ainda é de cautela, especialmente diante da ausência da China e dos dados fracos de exportação divulgados pelo USDA.