Fosfatados pressionam relação de troca com soja
No entanto, a alta nos preços começa a mostrar sinais de desaceleração

De acordo com Marcos Rubin, CEO e fundador da Veeries, a relação de troca entre o fertilizante map (fosfato de monoamônio) e a soja no Médio-Norte do Mato Grosso está pressionada. Os dados mais recentes indicam que o produtor precisa entregar mais sacas de soja para adquirir a mesma tonelada de fertilizante, o que ultrapassa a média histórica desse indicador. Apesar disso, o mercado de fosfatados continua avançando, o que reflete uma dinâmica de mercado interessante e ao mesmo tempo desafiadora para os agricultores.
Rubin explica que esse cenário é impulsionado por dois fatores principais. O primeiro é a lembrança dos produtores sobre o que ocorreu no ano passado: uma expectativa generalizada de queda nos preços, que não se concretizou, o que gera cautela. O segundo fator é o temor de uma possível nova escalada nos preços dos fosfatados, o que leva muitos produtores a antecipar as compras para evitar custos mais altos no futuro.
No entanto, a alta nos preços começa a mostrar sinais de desaceleração. Segundo a análise da Veeries, o mercado está próximo de um ponto de inflexão, com o preço do MAP rondando os US\$ 700 por tonelada, patamar que pode reduzir o ritmo de crescimento da demanda por fertilizantes.
Nesse cenário, a inteligência de mercado se torna essencial. Para Rubin, entender esses movimentos e antecipar as tendências permite aos produtores tomar decisões mais informadas e assertivas, mesmo em um contexto de alta volatilidade nos preços dos insumos. “É aí que entra a inteligência de mercado. Antecipar esses movimentos, entender seus desdobramentos e transformar ruído em clareza é o que permite tomar as melhores decisões, mesmo em um cenário adverso”, conclui.