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Tensões comerciais pressionam cotações do algodão

Produtores de MT devem revisar estratégias de comercialização



Foto: Canva

As cotações dos contratos futuros de algodão com vencimento em dezembro de 2025 e julho de 2026 recuaram na bolsa de Nova York ao longo da última semana, com quedas de 1,29% e 1,09%, respectivamente. Os preços médios ficaram em ¢ US$ 67,42/lp (dez/25) e ¢ US$ 70,74/lp (jul/26), refletindo um mercado pressionado por fatores geopolíticos.

O principal gatilho para a retração foi o aumento da aversão ao risco diante das novas taxações alfandegárias impostas pelos Estados Unidos a diversos países. As incertezas sobre os desdobramentos dessas medidas na economia global limitaram o apetite por ativos mais sensíveis, como as commodities agrícolas — com destaque para a fibra natural, altamente dependente do comércio internacional.

Para os cotonicultores de Mato Grosso, que enfrentam uma perspectiva de custos elevados na formação da próxima safra, o momento exige atenção redobrada. A combinação entre preços internacionais retraídos e insumos mais caros pode comprimir significativamente as margens de lucro. “O produtor que não trabalhar com ferramentas de proteção de preço e planejamento de custos pode enfrentar uma temporada desafiadora”, avalia um consultor técnico ouvido pela reportagem.

O cenário impõe a necessidade de gestão ativa do risco e busca por alternativas de comercialização que garantam maior previsibilidade — como contratos futuros, opções e barter. Estratégias alinhadas à realidade de cada propriedade serão determinantes para a sustentabilidade econômica do cultivo em 25/26.

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