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Com soja e milho em alta, Brasil colhe maior safra da história

Safra deverá atingir 345,2 milhões de toneladas


Foto: Pixabay

A safra brasileira de grãos 2024/25 deverá atingir 345,2 milhões de toneladas, o maior volume já registrado na série histórica, segundo dados do 12º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número supera em mais de 20 milhões de toneladas o recorde anterior, registrado na safra 2022/23, e representa uma alta de 16,3% em relação ao ciclo 2023/24 — um crescimento de 49,1 milhões de toneladas.

Esse avanço expressivo é resultado direto da expansão da área cultivada, que passou de 79,9 para 81,7 milhões de hectares, e da recuperação da produtividade média nacional, que subiu 13,7%, saltando de 3.769 para 4.284 quilos por hectare. O desempenho das lavouras foi favorecido, principalmente, pelas condições climáticas mais estáveis na região Centro-Oeste, com destaque para o Mato Grosso.

A soja segue como principal cultura e também bateu recorde: a produção estimada é de 171,5 milhões de toneladas, um aumento de 20,2 milhões de toneladas frente à safra anterior. A produtividade média nacional atingiu 3.621 kg/ha, o maior índice já registrado pela Conab. Goiás lidera com 4.183 kg/ha, enquanto o Rio Grande do Sul teve o menor rendimento, de 2.342 kg/ha, devido ao estresse hídrico ocorrido entre dezembro e fevereiro.

O milho também deve alcançar produção histórica, somando 139,7 milhões de toneladas nas três safras, com produtividade média de 6.391 kg/ha — outro recorde. A segunda safra, que concentra a maior parte do volume, está praticamente colhida e representa 112 milhões de toneladas, crescimento de 24,4% em relação ao ciclo anterior.

O algodão em pluma é mais uma cultura que deve registrar desempenho inédito, com produção estimada em 4,1 milhões de toneladas, alta de 9,7% na comparação anual. A colheita já chegou a 72,8% da área total. No arroz, cuja colheita está finalizada, a produção foi de 12,8 milhões de toneladas, uma elevação de 20,6%, sustentada pela ampliação da área semeada e condições climáticas favoráveis no Rio Grande do Sul.

No caso do feijão, a estimativa é de uma produção total de 3,1 milhões de toneladas, somando as três safras, volume suficiente para garantir o abastecimento interno. Já entre as culturas de inverno, o trigo teve queda de 19,9% na área plantada, totalizando 2,4 milhões de hectares. Apesar disso, a produtividade deverá se recuperar, e a produção deve alcançar 7,5 milhões de toneladas — um recuo de 4,5% em relação à safra anterior.

Com números históricos nas principais culturas, a safra 2024/25 consolida o Brasil como potência global na produção de grãos. A expectativa é que os bons resultados tenham reflexos positivos no mercado interno, nas exportações e no desempenho econômico das cadeias produtivas, mesmo com desafios logísticos e climáticos ainda no radar.

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