Soja fecha em alta em Chicago, mas semana acumula queda
O contrato de farelo de soja para julho registrou alta de 0,67% no dia
O contrato de farelo de soja para julho registrou alta de 0,67% no dia - Foto: Nadia Borges
Segundo informações da TF Agroeconômica, a soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sexta-feira (último pregão da semana) em leve alta, mas acumulou perdas no comparativo semanal. O contrato de julho, referência para a safra brasileira, subiu 0,74%, ou 7,75 cents, fechando a US\$ 10,58 por bushel. O contrato de agosto também avançou 0,67%, ou 7,00 cents, para US\$ 10,51. Apesar do avanço diário, a semana foi marcada por volatilidade e forte influência dos subprodutos, especialmente o óleo de soja.
O contrato de farelo de soja para julho registrou alta de 0,67% no dia, cotado a US\$ 296,90 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja recuou 0,54%, fechando a US\$ 49,43 por libra-peso. No acumulado da semana, no entanto, os três principais produtos derivados da oleaginosa apresentaram perdas: soja em grão caiu 0,12% (US\$ -1,25/bushel), farelo recuou 0,54% (US\$ -1,60/ton curta), e o óleo perdeu 0,76% (US\$ -0,38/libra-peso).
A oscilação dos preços foi influenciada principalmente pelo desempenho do óleo de soja, que impacta diretamente a demanda interna nos Estados Unidos. O cenário global também contribuiu com o viés baixista: boas condições no plantio da safra norte-americana limitaram ganhos, enquanto a ampla oferta sul-americana, com destaque para o Brasil e a Argentina aumentou a pressão vendedora sobre o mercado.
Assim, mesmo com avanços pontuais em dias específicos, o mercado não conseguiu sustentar altas consistentes. A combinação entre progresso esperado no plantio dos EUA e oferta abundante no Hemisfério Sul deverá seguir influenciando negativamente os preços no curto prazo, principalmente sobre o farelo e o óleo de soja, que têm papel estratégico na formação da demanda pela oleaginosa americana.
