Goiás deve bater recorde na produção de açúcar
Brasil mantém liderança no setor sucroalcooleiro global

Segundo o boletim Agro em Dados de maio, divulgado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, o setor sucroalcooleiro segue como um dos principais pilares do agronegócio brasileiro, com papel relevante na matriz energética nacional e na economia global. O país continua liderando a produção e exportação mundial de açúcar, respondendo por 23% do volume global, com 43 milhões de toneladas produzidas, das quais 34,5 milhões são destinadas ao mercado externo.
No cenário do etanol, o Brasil ocupa a segunda posição mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. A maior parte da produção nacional é destinada ao consumo interno, impulsionada pela frota de veículos flex, o que reforça a posição brasileira como referência na adoção de fontes de energia renovável.
Apesar dos desafios climáticos enfrentados na temporada 2024/25, a produção nacional de cana-de-açúcar é estimada em 676,9 milhões de toneladas, o segundo maior volume da série histórica. Em Goiás, a safra deve atingir 78,5 milhões de toneladas, com cultivo em 969,7 mil hectares, a segunda maior área registrada desde o início da série histórica da Conab. A produtividade esperada no estado é de 81 toneladas por hectare, o melhor desempenho desde 2015/16.
A produção brasileira de açúcar apresenta estimativa de queda de 3,4% em relação à safra anterior. No entanto, Goiás pode alcançar um novo recorde, com previsão de crescimento de 8,8% e total de 2,9 milhões de toneladas, o que garante ao estado a terceira posição no ranking nacional. Segundo o boletim, esse desempenho está relacionado à dinâmica de mercado, ao clima da região Centro-Oeste e à ampliação da área plantada em 1,6%.
Para a safra 2024/25 da região Centro-Sul, principal polo sucroalcooleiro do país, a estimativa é de produção de 34,9 bilhões de litros de etanol, o que corresponde a 94% do total nacional. Em Goiás, a expectativa é de crescimento de 4,7% em relação à safra anterior.
A safra 2025/26, iniciada em abril, deve registrar leve retração na produção nacional de cana-de-açúcar, com estimativa de 663,4 milhões de toneladas, uma queda de 2%. A produtividade também deve cair para 75,4 toneladas por hectare. Por outro lado, a área cultivada tende a crescer 0,3%, totalizando 8,7 milhões de hectares.
Mesmo com a redução na produção da cana, a estimativa é de aumento de 4% na produção nacional de açúcar, impulsionada principalmente pelo desempenho da região Centro-Sul, que pode atingir 41,8 milhões de toneladas, um acréscimo de 3,7% em relação à safra anterior.
Quanto ao etanol, a produção nacional prevista para 2025/26, considerando as matérias-primas cana-de-açúcar e milho, é de 36,8 bilhões de litros. O volume representa um aumento de 10% na produção de etanol anidro e uma redução de 6,8% no etanol hidratado. Em Goiás, a expectativa é de produção total de 5,6 bilhões de litros, sendo 70,3% de etanol hidratado e 29,7% de etanol anidro.