CI

Soja: hora de fixar preços e garantir lucros

Com um cenário de forças opostas, a orientação segue no sentido da prudência


Com um cenário de forças opostas, a orientação segue no sentido da prudência Com um cenário de forças opostas, a orientação segue no sentido da prudência - Foto: Divulgação

A soja segue em um cenário de volatilidade no mercado internacional, com movimentos que indicam tanto oportunidades quanto riscos para produtores e exportadores. Segundo a TF Agroeconômica, a alta atual ainda é considerada frágil, motivo pelo qual a recomendação é aproveitar o momento para fixar ao menos parte dos preços da safra vigente. Para a próxima temporada, o lucro projetado gira em torno de 15,42%, percentual que, se julgado satisfatório, deve ser aproveitado com a fixação parcial dos lotes, uma vez que qualquer margem positiva merece ser assegurada.

Entre os fatores de alta, destaca-se a expectativa de menor produção nos Estados Unidos. A consultoria StoneX reduziu sua projeção para 115,86 milhões de toneladas, com base em uma produtividade menor e na revisão da área colhida pelo USDA. Além disso, o Departamento de Agricultura dos EUA confirmou novas vendas de soja americana 2025/2026, somando 327,6 mil toneladas. No Brasil, a forte demanda chinesa também tem impulsionado os preços, favorecendo a disputa entre exportadores e indústrias.

Por outro lado, há elementos que pressionam para baixo as cotações. A ausência de compras significativas da China na nova safra americana tem surpreendido o mercado, criando um ambiente baixista na Bolsa de Chicago (CBOT), ainda que positivo para a soja brasileira. Outro ponto é o relatório semanal de exportações dos EUA, que registrou vendas de 818,5 mil toneladas, número inferior ao da semana anterior e dentro da faixa mínima esperada pelos traders. Soma-se a isso a intensificação das compras brasileiras de soja paraguaia, que podem alcançar 832 mil toneladas em 2025, volume cerca de 25% superior ao do ano passado, o que reforça a oferta para a indústria nacional.

Com um cenário de forças opostas, a orientação segue no sentido da prudência. Garantir margens agora, seja para a safra atual ou para a próxima, ajuda a reduzir riscos em um mercado que ainda deve reagir a novos relatórios oficiais e às movimentações da demanda internacional.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.