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Colheita do milho avança e etanol projeta alta em Goiás

Brasil deve colher 124,7 mi t de milho em 2024/25



Foto: Agrolink

Segundo o boletim Agro em Dados de maio, divulgado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, a colheita da primeira safra de milho no Brasil alcançou 68,2% da área cultivada até a semana do dia 20 de abril. Em Goiás, o índice foi de 10%. O número é considerado adiantado em relação ao mesmo período do ciclo anterior.

Para a segunda safra, o documento aponta que a semeadura foi concluída no mesmo período e que as condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras nos principais estados produtores. A estimativa para a safra total de milho no Brasil é de 124,7 milhões de toneladas. “Esse volume corresponde à segunda maior produção da série histórica da Conab”, informou a secretaria.

Após registrar alta em março, o preço médio da saca recuou em abril, atingindo R$ 83,67. A retração de 6,1% é atribuída à melhora do clima e ao avanço da colheita. A alta anterior havia sido impulsionada por fatores como demanda aquecida, oferta restrita no mercado interno e incertezas sobre o desempenho da segunda safra.

No mercado interno, a temporada 2024/25 deve registrar aumento de 3,5% no consumo doméstico, com projeção de 86,9 milhões de toneladas. Apesar da alta na produção nacional, a Conab estima que o Brasil importe 1,7 milhão de toneladas de milho no ciclo, o que representa crescimento de 3,4% em relação ao ciclo anterior.

A produção global de milho também foi revisada para cima. De acordo com o relatório, a estimativa mundial subiu 10,63 milhões de toneladas, totalizando 1,22 bilhão, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O boletim destaca ainda a consolidação do milho como matéria-prima para produção de etanol. “Desde 2018, a produção de etanol a partir do milho tem ganhado espaço no Brasil e em Goiás”, afirma o documento. Para a safra 2024/25, é prevista uma produção de 7,8 bilhões de litros no país, com avanço de 32,4% em relação ao ciclo anterior. Em Goiás, a projeção é de 800 mil litros, alta de 19,2%.

Com esses números, o etanol de milho deve responder por 21,1% da produção nacional do biocombustível. Em Goiás, terceiro maior produtor de milho do país, a expansão representa uma oportunidade estratégica. “O crescimento da produção de etanol a partir do milho reforça o papel do grão na matriz energética e no desenvolvimento regional”, conclui o boletim.

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