Pastagens de inverno sofrem impacto da falta de chuva
Pastagens gaúchas sofrem com ausência de chuva

A ausência de chuvas nas últimas semanas tem afetado o desenvolvimento das pastagens de inverno no Rio Grande do Sul, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (8). Segundo o boletim, o campo nativo mantém uma quantidade considerada adequada de forragem na maioria das áreas, apesar do crescimento limitado, característico do período.
Na região administrativa de Bagé, as pastagens de aveia, azevém e trevos, implantadas após as últimas precipitações, apresentam maior estresse. “As plantas mais novas têm um sistema radicular menos desenvolvido em comparação às áreas semeadas em março ou aos potreiros com trevos perenizados”, informou a Emater/RS-Ascar.
Em Caxias do Sul, as pastagens de inverno alcançaram a altura mínima de entrada para o pastejo, permitindo o acesso dos animais. Já em Erechim, a umidade do solo aliada aos períodos de sol favoreceram o desenvolvimento das pastagens de aveia, azevém e trigo para pastoreio, embora a redução das chuvas tenha prejudicado a germinação e o crescimento das áreas recém-semeadas.
Na região de Frederico Westphalen, as pastagens perenes de verão estão na fase final de produção, com início da implantação das espécies de inverno por sobressemeadura. Em Ijuí, a produção e oferta de forragem seguem baixas, com baixo desenvolvimento das forrageiras anuais de inverno. “Nas lavouras em início de ciclo, ocorre morte de plântulas pequenas”, destacou o boletim.
Em Passo Fundo, as pastagens de aveia, azevém e trigo para pastejo estão em fase vegetativa. Algumas áreas semeadas mais cedo já permitem o pastejo, mas a maioria ainda não oferece suporte suficiente, apesar da intensificação do perfilhamento.
Na região de Pelotas, as pastagens anuais de verão encerraram o ciclo produtivo, enquanto as perenes de verão ainda possibilitam o pastoreio, contribuindo para retardar o vazio forrageiro de outono. Em Porto Alegre, o desempenho das pastagens e do campo nativo segue positivo, com oferta de alimento acima da demanda.
Em Santa Maria, as temperaturas amenas favoreceram o desempenho dos rebanhos, pois o consumo de forragem ocorre de forma mais eficiente em condições de conforto térmico. Na região de Santa Rosa, a deficiência hídrica, mesmo que temporária, tem provocado estresse fisiológico nas plantas jovens, com redução da taxa de expansão foliar, da fotossíntese e do desenvolvimento vegetativo.
Em Soledade, ainda há oferta de forragem ao rebanho bovino, mesmo com a diminuição do crescimento das pastagens perenes.