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Umidade exige controle de doenças no feijão

Frio e seca reduzem rendimento do feijão



Foto: Pixabay

No Rio Grande do Sul, o cultivo do feijão da segunda safra tem enfrentado dificuldades em função da falta de chuvas e das temperaturas mais baixas. É o que aponta o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (8). Embora as condições climáticas recentes tenham favorecido a colheita e o desenvolvimento das lavouras, o prolongamento do déficit hídrico tem reduzido o desempenho produtivo da cultura, que possui baixa tolerância ao frio.

“As condições climáticas nas últimas semanas – temperaturas e radiação solar adequadas – contribuíram para a colheita e para o desenvolvimento das lavouras”, informa o boletim. No entanto, a redução progressiva da umidade do solo tem afetado negativamente a produtividade, especialmente com as temperaturas noturnas e matinais mais baixas, típicas do período.

A Emater/RS-Ascar relata que 42% da área plantada já foi colhida, com produtividade média de 1.300 quilos por hectare. Em algumas regiões, o potencial produtivo já apresenta sinais de comprometimento, embora as perdas ainda não tenham sido totalmente quantificadas.

Na região administrativa de Frederico Westphalen, aproximadamente 80% das lavouras foram colhidas e 20% estão em maturação. Já em Ijuí, a colheita avançou lentamente e cobre apenas 6% da área. “A cultura apresenta rápida evolução para o estádio de maturação, que abrange 43% das lavouras. O porte das plantas está elevado, e há bom número de vagens por planta”, destaca o informativo, que também aponta que a sanidade vegetal tem sido beneficiada pelo clima quente e seco, com incidência controlada de ácaros e ocorrência pontual de larva-minadora nas folhas — praga atípica para a cultura, mas sem impacto relevante até o momento.

Na região de Santa Maria, a colheita chegou a 50%. A produtividade inicialmente estimada em 1.390 quilos por hectare foi reduzida em cerca de 10%, em razão das condições climáticas desfavoráveis ao longo do ciclo da cultura.

Em Soledade, a umidade relativa do ar elevada, causada principalmente pela formação de orvalho, exigiu manejo fitossanitário rigoroso. A atenção se concentrou na antracnose, cuja incidência aumentou com a combinação entre alta umidade e temperaturas amenas. Em relação às fases fenológicas, 10% das lavouras estão em florescimento, 80% em enchimento de grãos e 10% em maturação.

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