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“Querem descredibilizar o agro brasileiro”

“São ideias recorrentes, travestidas de crítica"



“São ideias recorrentes, travestidas de crítica" “São ideias recorrentes, travestidas de crítica" - Foto: Pixabay

Há no Brasil um esforço crescente para descredibilizar o agronegócio, muitas vezes baseado em frases feitas que reduzem sua importância. Segundo Alê Delara, consultor e palestrante, essas críticas revelam mais desconhecimento estratégico do que análise real de cenário.

“São ideias recorrentes, travestidas de crítica, que revelam mais ignorância estratégica do que análise real de cenário. O agro brasileiro não é um setor periférico — é um instrumento de projeção internacional do país. E quem ainda vê isso como sinal de atraso não entendeu o mundo em que vivemos”, comenta.

Em um mundo marcado por crise alimentar, instabilidade logística e pressões ambientais, a capacidade de produzir alimentos em escala tornou-se um ativo geopolítico. Dados da Embrapa e da Conab mostram que, entre 1990 e 2022, a produção agrícola brasileira cresceu mais de 400%, enquanto a área plantada aumentou apenas 60%, resultado de tecnologia, eficiência e integração de sistemas produtivos.

O discurso de que o Brasil “só exporta commodities” ignora que a demanda global está centrada nesses produtos, além de desconsiderar a complexa cadeia agroindustrial nacional, que agrega valor em processamento, logística, armazenagem e serviços. Para Delara, não há crescimento sustentável sem exportação, e a expansão do agro depende de estratégia internacional bem estruturada.

Nesse sentido, ele defende uma política comercial que trate o setor como ativo de Estado, fortalecida por diplomacia técnica e narrativa institucional capaz de explicar ao mundo a real natureza do agro brasileiro. Afinal, quem alimenta o mundo, segundo Delara, deve negociar com visão, presença e projeto e não com timidez.

“Está na hora de parar de pedir desculpas por sermos fortes. De tratarmos o agro não como um problema a ser tolerado, mas como uma alavanca de projeção nacional. De deixarmos de lado o complexo de colônia e assumirmos o protagonismo que já exercemos na prática. Porque quem alimenta o mundo, não negocia com timidez. Negocia com visão, com presença e com projeto”, conclui.
 

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