Plantio de eucalipto continua lento, mas demanda aumenta
Em Passo Fundo, as pequenas áreas de floresta ainda conseguem suprir a demanda local
Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (09/05), o plantio de eucalipto permanece em ritmo lento na região administrativa de Passo Fundo. As pequenas áreas de floresta ainda conseguem suprir a demanda local, especialmente para consumo energético. Entretanto, preocupa a possível escassez de matéria-prima para energia a médio prazo, levando as empresas consumidoras de lenha a se organizarem para iniciar novos plantios, mesmo com as derrubadas de florestas paralisadas devido às fortes chuvas da semana anterior.
Na região de Caxias do Sul, que possui cerca de 31 mil hectares de eucalipto (IBGE, 2018), observa-se um aumento na demanda pela matéria-prima proveniente desses plantios, indicando uma recuperação na cadeia produtiva do setor. O eucalipto se destaca nas intenções de plantio, impulsionado pelo aumento da demanda no segmento de desdobro e pelo seu múltiplo uso em diferentes indústrias. No entanto, a implantação de novas áreas e o manejo da brotação ainda estão abaixo do esperado, o que pode resultar em escassez da espécie nos próximos anos.
Além do aquecimento do mercado interno, a exportação de produtos da espécie está favorecida, contribuindo para estimular o aumento da demanda. Os tratos culturais, o controle de formigas, o corte, o empilhamento e a comercialização de toras e subprodutos continuam em andamento, com a cultura apresentando boas condições fitossanitárias. Os preços pagos estão diretamente relacionados à localização dos plantios, ao grau de dificuldade para a extração e aos diâmetros da madeira. No entanto, apesar da melhora do mercado, a legislação aplicada ao plantio e à comercialização da espécie ainda são limitadores para a implantação de novas áreas e para a comercialização de madeira.