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Mercado de trigo travado no Sul do Brasil

Além disso, há uma preocupação com a próxima safra (2025/26)



Além disso, há uma preocupação com a próxima safra (2025/26) Além disso, há uma preocupação com a próxima safra (2025/26) - Foto: Canva

De acordo com levantamento da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil segue operando de forma lenta, com negociações pontuais e preços relativamente estáveis, embora o cenário para a próxima safra preocupe. No Rio Grande do Sul, os moinhos estão praticamente abastecidos até julho, com negócios ocorrendo apenas da mão para a boca. Os preços variam de R$ 1.300,00 a R$ 1.400,00 por tonelada no interior, dependendo da localização. Moinhos sinalizam pagamentos de R$ 1.300,00, mas produtores só vendem a R$ 1.350,00 quando estão próximos dos compradores.

Além disso, há uma preocupação com a próxima safra (2025/26). Estima-se uma redução de 40% na área plantada e queda de 60% nas vendas de sementes, o que deve sustentar preços em patamares elevados, segundo corretores locais. No mercado futuro, houve oferta de trigo gaúcho a R$ 1.250,00 FOB, mas sem interesse por parte dos compradores. Para exportação em dezembro, os preços chegaram a R$ 1.330,00. Na pedra de Panambi, os valores seguem estáveis em R$ 70,00 a saca.

Em Santa Catarina, o mercado também é lento, com poucas negociações e leve recuo nos preços, atualmente na faixa de R$ 1.400,00/t FOB. O plantio da safra nova está atrasado, pois ainda não entrou na janela ideal. Relatos indicam queda de 20% nas vendas de sementes em relação ao ano anterior. Nos preços da pedra, há estabilidade: R$ 78,00/saca em Canoinhas, R$ 75,00 em Chapecó, R$ 79,00 em Joaçaba, R$ 80,00 em Rio do Sul e Xanxerê.

No Paraná, o mercado está praticamente parado. Vendedores pedem no mínimo R$ 1.550,00 FOB, enquanto compradores oferecem até R$ 1.500,00, com entrega em julho e pagamento em agosto. Há trigo do Rio Grande do Sul sendo negociado a R$ 1.350,00 FOB, acrescido de frete e ICMS. O mercado de importados segue pressionado: de US$ 275 caiu para US$ 270/t nacionalizado. Na safra nova, compradores oferecem R$ 1.400,00 para outubro e R$ 1.350,00 para novembro, mas não encontram vendedores. A média de preços na pedra no Paraná recuou 0,13%, ficando em R$ 79,41/saca, ainda garantindo um lucro médio de 8% ao produtor, segundo o Deral.
 

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