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Tarifa dos EUA ameaça exportações brasileiras

O cenário pode gerar reflexos cambiais



O cenário pode gerar reflexos cambiais O cenário pode gerar reflexos cambiais - Foto: Pixabay

A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada na última quarta-feira (9) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é a mais alta entre as novas taxas divulgadas até o momento. Segundo análise do Itaú BBA, a medida pode comprometer de forma significativa a competitividade das exportações brasileiras, com risco de inviabilizar negócios com o mercado norte-americano, a depender dos desdobramentos e das futuras negociações.

De acordo com essas informações, entre os itens mais afetados estão commodities de grande relevância para a pauta exportadora nacional, como café, celulose, suco de laranja e carne bovina. Caso a nova tarifa seja mantida e somada a taxas já existentes — como os 26,4% sobre carne bovina e os 10% sobre café e suco (que podem chegar a 60%) —, o impacto sobre o setor agroexportador pode ser expressivo. Produtos com menor peso nas exportações, como ovos e pescados, mas com presença nos Estados Unidos, também estão ameaçados.

O cenário pode gerar reflexos cambiais. De acordo com o banco, o real tende a se enfraquecer diante de um ambiente de tensão, o que traria efeitos mistos para o agronegócio. Por um lado, a desvalorização da moeda melhora a competitividade e eleva os ganhos em reais para o produtor, favorecendo as exportações, especialmente de soja e milho. Por outro lado, o dólar mais caro pressiona custos de produção, já que grande parte dos insumos agrícolas é importada. Fertilizantes, que já operam com preços altos, podem piorar ainda mais a relação de troca com os grãos, reduzindo o poder de compra do produtor rural.
 

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