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Esses aliados podem ajudar contra a inadimplência

O título pode ainda ser usado para quitar dívidas



O título pode ainda ser usado para quitar dívidas O título pode ainda ser usado para quitar dívidas - Foto: Pixabay

A inadimplência no agronegócio brasileiro tem crescido, pressionando o financiamento da safra de verão 2025/26. Segundo Israel Malheiros, economista e COO da fintech Vertrau, fatores como oscilação de preços, custos elevados e eventos climáticos extremos impactam o fluxo de caixa de pequenos, médios e grandes produtores, além de agroindústrias. Dados de mercado mostram que, enquanto o crédito rural bancário apresenta histórico de inadimplência entre 2% e 4%, no crédito privado via Cédula de Produto Rural (CPR) esse índice pode alcançar 8% a 12% em anos de quebra de safra ou choque de preços.

“A oscilação no preço de commodities como soja, milho, café e algodão também impacta a capacidade de pagamento, assim como o aumento nos custos de insumos agrícolas atrelados ao dólar”, afirma.

Diante desse cenário, a CPR, especialmente na modalidade financeira, se apresenta como alternativa para produtores com restrição de crédito. Lastreada na produção futura ou em garantias reais, como penhor, hipoteca ou aval, a CPR pode ser emitida para investidores, tradings, cooperativas ou securitizadoras. O título pode ainda ser usado para quitar dívidas existentes com fornecedores, bancos ou contratos de barter, funcionando como uma troca de dívida mais cara por outra com prazo maior. Entretanto, riscos como quebra de safra, oscilações de preços, variação cambial e execução de garantias devem ser avaliados cuidadosamente antes da emissão.

Segundo Malheiros, as perspectivas para a CPR são de crescimento, impulsionadas pela desburocratização da CPR eletrônica, regulamentada pela Lei 13.986/2020, e pela maior participação de fundos especializados, bancos privados e investidores internacionais. “Pequenos e médios produtores também podem utilizar o instrumento, desde que comprovem capacidade produtiva ou apresentem garantias adequadas”, observa.
 

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