Soja encerra o dia em alta
O movimento positivo foi sustentado pelas vendas para exportação

A soja negociada na Bolsa de Chicago encerrou a quinta-feira (7) em alta, impulsionada por um bom relatório de vendas externas divulgado pelo USDA. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato para setembro, referência para a safra brasileira, subiu 0,91%, ou US$ 8,25 cents/bushel, fechando a US$ 974,00. Já o contrato de novembro avançou 0,97%, ou US$ 9,25 cents/bushel, a US$ 993,75. No farelo, setembro teve alta de 1,28%, enquanto o óleo recuou 0,41%.
O movimento positivo foi sustentado pelas vendas para exportação, que registraram aumento de 30% em relação à semana anterior, somando pouco mais de 1 milhão de toneladas negociadas entre as duas safras. A China, no entanto, seguiu ausente dos relatórios semanais de vendas e inspeções, cenário que mantém os prêmios da soja brasileira em patamares elevados, como os observados em 2018. Isso torna a oleaginosa americana mais competitiva e atrativa para destinos que buscam negociar tarifas com o governo Trump.
O relatório semanal do USDA mostrou que, na safra 2024/2025, as vendas atingiram 467,8 mil toneladas, superando as 349,2 mil da semana anterior e o intervalo estimado pelo mercado. Para 2025/2026, foram registradas 545 mil toneladas, também acima das expectativas. Destinos não revelados lideraram as compras, com 179,2 mil toneladas adquiridas.
Apesar do avanço, o mercado segue atento ao impacto das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, que entraram em vigor no mesmo dia. A tensão comercial com países como Índia e China, agravada pela exigência de Donald Trump para que deixem de importar petróleo russo, ainda limita um avanço mais consistente nas cotações.