Indicação Geográfica reforça valor do café paranaense

O café produzido em Mandaguari, no Noroeste do Paraná, foi oficialmente reconhecido com o selo de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O registro, publicado nesta terça-feira (1º), torna o produto o 20º do estado a obter essa certificação, que atesta a origem e a qualidade diferenciada dos grãos.

A conquista é resultado de um trabalho conjunto que envolveu o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Sebrae/PR, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e a Associação dos Produtores de Café de Mandaguari. “É um passo importante para o fortalecimento da agricultura familiar e do reconhecimento da tradição cafeeira do estado”, afirmou o IDR-Paraná, em nota.

A área protegida pela IG abrange os municípios de Apucarana, Arapongas, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari e Marialva. A certificação contribui para consolidar a reputação da região na produção de cafés especiais e agrega valor ao produto local, que já possui forte vínculo com a identidade cultural e econômica de Mandaguari.

Reconhecida desde 2012 como a Capital do Café, a cidade, com cerca de 36,7 mil habitantes, destaca-se também no turismo rural, com atrações como a Rota do Café, que oferece aos visitantes a experiência de acompanhar o ciclo produtivo do grão.

Segundo a Secretaria da Agricultura, cerca de 8 mil cafeicultores atuam no Paraná, sendo que 85% pertencem à agricultura familiar. Para a safra de 2024, a estimativa é de 713 mil sacas, com a colheita alcançando 36% até o mês de junho.

Com o novo registro, o Paraná mantém-se como o segundo estado brasileiro com maior número de selos de IG emitidos, atrás apenas de Minas Gerais. Entre os produtos já certificados estão o mel de Ortigueira, a goiaba de Carlópolis, o queijo da Colônia Witmarsum e a carne de onça de Curitiba.