“Aspirador gigante” quer capturar carbono
É necessário encontrar formas de remover o carbono da atmosfera
Uma nova central gigante, como se fosse um “aspirador” foi inaugurada na Islândia com o objetivo de combater a poluição atmosférica que contribui para o aquecimento global. Chamada de "Mammoth", essa central é a segunda do tipo construída pela empresa suíça Climeworks no país, sendo 10 vezes maior que sua antecessora, a Orca, que começou a operar em 2021.
Essa central utiliza uma tecnologia chamada de captura direta de ar (DAC), que aspira o ar e remove o carbono utilizando substâncias químicas. O carbono capturado pode ser armazenado no solo, reutilizado ou transformado em produtos sólidos. A Climeworks pretende transportar o carbono capturado para o subsolo, onde será convertido naturalmente em pedra, bloqueando-o permanentemente. Para isso, eles estão trabalhando em parceria com a empresa islandesa Carbfix.
Toda a operação da central será alimentada pela energia geotérmica abundante na Islândia, uma forma limpa de gerar energia. Tecnologias avançadas de combate às mudanças climáticas, como o DAC, estão recebendo mais atenção tanto de governos quanto da indústria privada, especialmente à medida que as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera continuam a aumentar, alcançando níveis recordes em 2023.
Muitos cientistas alertam que, além de reduzir rapidamente o uso de combustíveis fósseis, é necessário encontrar formas de remover o carbono da atmosfera para combater o aquecimento global e suas consequências devastadoras. No entanto, tecnologias como a captura direta de ar (DAC) ainda são controversas devido ao seu alto custo, consumo energético e falta de comprovação em grande escala. Alguns defensores do clima temem que essas tecnologias desviem a atenção das políticas de redução de combustíveis fósseis e afirmam que estão cercadas de incertezas e riscos ecológicos.