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Farinha com urina de rato apreendida no Paraná

"Toda semana tem apreensão de cargas de baixa qualidade aqui no porto, por diversos motivos"


Foi um caso considerado muito grave Foi um caso considerado muito grave - Foto: Pixabay

Uma carga de 52 mil quilos de farinha de trigo proveniente da Argentina e destinada ao Brasil foi apreendida por auditores fiscais federais agropecuários no Porto Seco Multilog, em Foz do Iguaçu, Paraná, em 3 de abril. A carga estava contaminada com urina de rato e insetos. A quantidade retida seria suficiente para fabricar um milhão de pães franceses.

O auditor agropecuário Marcelo Tursi destacou que se cada pessoa ingerisse um pão feito com o produto contaminado, poderia resultar em um milhão de pessoas doentes. A inspeção minuciosa revelou embalagens de cerca de mil quilos armazenadas em duas carretas, contendo 10,4 mil pacotes de 5kg de farinha de trigo prontos para venda em supermercados.

"Essa vistoria é feita em 100% das cargas importadas e exportadas que entram com produtos agropecuários no pátio do porto todos os dias. A fiscalização inclui coleta de amostras dos produtos e encaminhamento ao laboratório, além de ser feita análise física e verificada a carga de forma geral e criteriosa", explicou Tursi. "Toda semana tem apreensão de cargas de baixa qualidade aqui no porto, por diversos motivos, principalmente insetos. Mas este caso foi mais grave. A prevenção deste tipo de situação só é possível graças ao trabalho intensivo de fiscalização diária dos profissionais", acrescentou o auditor.

Segundo Marcelo Tursi, a farinha de trigo provavelmente seria destinada a indústrias e padarias do Paraná e, depois de embalada, estaria disponível ao consumidor em estabelecimentos comerciais. Após a apreensão da carga, os insetos encontrados são enviados para laboratório para identificação da espécie. Se houver risco para a agricultura brasileira, a carga é devolvida imediatamente ao país de origem. Neste caso, a mercadoria será devolvida à Argentina e o exportador poderá optar pela sua destruição. O trabalho de inspeção e fiscalização é tão criterioso que mesmo a presença mínima de pelo de rato na análise desclassifica toda a mercadoria para consumo.
 

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