Milho segue distinto entre B3 e Chicago
Na B3, os preços foram pressionados por realização de lucros

O mercado de milho apresentou movimentos distintos entre a B3 e a Bolsa de Chicago nesta quarta-feira. Segundo informações da TF Agroeconômica, enquanto no Brasil os contratos futuros recuaram, em Chicago houve leve alta impulsionada por compras de oportunidade.
Na B3, os preços foram pressionados por realização de lucros após a sequência de altas recentes. A queda do dólar também contribuiu para a desvalorização, já que uma moeda brasileira mais forte reduz a competitividade do milho nacional no mercado externo. Apesar da melhora gradual nas exportações, o produto brasileiro ainda é considerado caro para alguns destinos. No fechamento do dia, o contrato de setembro/25 terminou cotado a R$ 65,37, com queda de R$ 0,88 no dia e alta de R$ 0,52 na semana. Já novembro/25 fechou a R$ 68,20, recuo de R$ 0,78 no dia e avanço de R$ 1,23 na semana, enquanto janeiro/26 encerrou em R$ 70,74, queda de R$ 0,72 no dia e alta de R$ 0,74 na semana.
Em Chicago, o milho registrou alta moderada, puxada por compras de oportunidade diante dos preços mais baixos no mercado norte-americano. O contrato de setembro, referência para a safrinha brasileira, avançou 0,13% ou $ 0,50 cents/bushel, fechando em $ 380,00. Já o de dezembro subiu 0,19% ou $ 0,75 cents/bushel, encerrando em $ 404,00. A leve recuperação ocorreu mesmo diante da supersafra nos Estados Unidos, que se equilibra com uma demanda aquecida.
Os levantamentos do ProFarmer indicam produtividade acima da média histórica em Indiana e Nebraska, enquanto exportadores confirmaram novas vendas para México e Colômbia. Com isso, o mercado de milho segue dividido entre pressões externas e internas, refletindo tanto a força do dólar quanto a dinâmica da oferta norte-americana e a competitividade brasileira.