B3 recua nos contratos curtos de milho; longos resistem
Em Chicago, o milho também terminou em baixa

O mercado de milho encerrou a quarta-feira (17) com movimentos distintos entre a B3 e a Bolsa de Chicago. Segundo informações da TF Agroeconômica, os contratos brasileiros refletiram tanto a oscilação cambial quanto a expectativa de exportações, enquanto em Chicago prevaleceu a pressão da colheita e das vendas técnicas.
Na B3, os contratos mais curtos recuaram acompanhando a queda do dólar e as cotações internacionais, ao passo que os vencimentos mais longos encontraram algum suporte na revisão da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A entidade elevou sua projeção de exportação de milho brasileiro em setembro de 6,96 para 7,12 milhões de toneladas. Embora o número seja menor que os 7,31 milhões de toneladas embarcados em agosto, supera os 6,56 milhões registrados no mesmo período de 2024. Diante desse cenário, o contrato de novembro/25 encerrou a R$ 67,18, queda de R$ 0,32 no dia e de R$ 0,92 na semana. Janeiro/26 fechou em R$ 70,18, recuando R$ 0,32 no dia e R$ 1,06 na semana. Já março/26 encerrou a R$ 73,25, baixa de R$ 0,28 no dia e R$ 0,30 na semana.
Em Chicago, o milho também terminou em baixa. O contrato de dezembro caiu 0,64%, ou US$ -2,75 cents/bushel, cotado a US$ 426,75, enquanto março recuou 0,56%, ou US$ -2,50 cents/bushel, a US$ 444,50. A pressão da safra norte-americana, somada às expectativas de produção recorde, intensificou as vendas técnicas. Além disso, a produção de etanol registrou queda na semana, alcançando o menor volume em quase quatro meses, fator que adicionou peso negativo às cotações.