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Mercado de defensivos para soja recua 4,3% no Brasil

Fungicidas foliares seguem liderando mercado na soja



Foto: Pixabay

Levantamento da Kynetec Brasil, o FarmTrak Soja da safra 2024/2025 registrou recuo de 4,3% na movimentação do mercado de defensivos agrícolas para a oleaginosa. Foram transacionados US$ 9,45 bilhões em produtos, ante US$ 9,87 bilhões do ciclo 2023-24. Em contrapartida, a área potencial tratada (PAT) pelas tecnologias para a proteção do cultivo apresentou crescimento relevante de 12% e passou de 1,4 bilhão de hectares, novo recorde, segundo o especialista em pesquisas da empresa, Cristiano Limberger.

Conforme o executivo, a redução do faturamento do setor de defensivos na soja veio associada, sobretudo, à combinação entre a desvalorização do real frente ao dólar, de 7,7% na safra, e a retração média de 8% nos preços e custos dos produtos. “Os impactos positivos da elevação na adoção de tecnologias, medida em área potencial tratada (PAT), por número de aplicações de produtos, refletem principalmente uma safra com condições climáticas mais favoráveis à obtenção de produtividade, marcadamente na região dos cerrados”, adianta Limberger.

O levantamento mostra que entre os produtos mais demandados pelos produtores na safra 2024/25, os fungicidas foliares se mantiveram na ponta do mercado: subiram de 38% para 40% em participação, com vendas de US$ 3,819 bilhões, 3% acima da temporada anterior (US$ 3,713 bilhões). Segundo Limberger, nesse segmento as transações mais robustas envolveram fungicidas ‘premium’ (64%). Os ‘stroby mix’ e os protetores preencheram 14% e 13% do total da categoria, respectivamente.

Inseticidas foliares, na segunda posição, representaram 23,6% do total de vendas da cultura ou US$ 2,23 bilhões, decréscimo de 9% face a 2023/24 (US$ 2,443 bilhões). Desses produtos, assinala Limberger, o destaque ficou por conta daqueles para controle de percevejos, com 54% do montante da categoria (US$ 1,2 bilhão), além da adoção em 96% da área cultivada e do indicador médio observado de 3,4 aplicações na safra. Inseticidas para lagartas ocuparam 30% da categoria, ou US$ 671 milhões, aponta o executivo.

Os herbicidas, historicamente a terceira categoria em comercialização entre os defensivos agrícolas da soja, mantiveram a posição mas também apresentaram declínio em desempenho econômico e na participação nas vendas totais: responderam por 23% ou US$ 2,18 bilhões, frente a 25% ou US$ 2,4 bilhões da temporada 2023/2024. Glifosatos para dessecação e pré-emergência corresponderam a 43% do subsegmento, à frente dos pré-emergentes (16%) e dos graminicidas seletivos (11%), entre outros.

Segundo o FarmTrak Soja, produtos específicos para tratamento de sementes tracionaram 6% das vendas – representatividade idêntica à da safra anterior -, de US$ 558 milhões Já os nematicidas atingiram US$ 250 milhões, 2,6% do mercado total. Este último subsegmento, diz Limberger, segue em crescimento safra após safra em valor e adesão, que passou de 31% para 36% da área cultivada em 2024-25.

Produtos como adjuvantes e inoculantes, somados, equivaleram a 4,4% do mercado total de defensivos para soja, US$ 418 milhões. “Outros insumos, que também são fundamentais no manejo, em função do custo mais baixo representaram uma fatia menor em valor de mercado”, acrescenta Limberger.

O FarmTrak Soja 2024/25 resultou de mais de 3,7 mil entrevistas realizadas com agricultores das principais regiões produtoras de soja do país.
 

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