Soja cai em Chicago à espera de acordo EUA-China
A falta de demanda chinesa segue como principal fator baixista

A soja negociada em Chicago encerrou o pregão desta quarta-feira em queda, pressionada pela ausência de grandes compras da China e pela expectativa em torno das negociações comerciais entre Pequim e Washington. Segundo a TF Agroeconômica, os contratos de setembro recuaram 0,12%, a US$ 1.027,50/bushel, enquanto novembro caiu 0,19%, a US$ 1.047,50/bushel. O farelo também fechou em baixa de 1,38%, e o óleo de soja recuou 0,55%.
A falta de demanda chinesa segue como principal fator baixista, agravada pelos desentendimentos comerciais recentes entre os dois países, que reduziram as exportações norte-americanas. Apesar disso, analistas destacam que a China não deve se apoiar exclusivamente no Brasil a longo prazo, mantendo a dependência de parte do fornecimento dos EUA.
No lado altista, o clima seco em grande parte do cinturão agrícola dos EUA limita as perdas, já que pode comprometer a produtividade das lavouras ainda em desenvolvimento. Entre os fatores adicionais de pressão, pesaram a queda do óleo de soja devido à possível retirada de tarifas sobre o óleo de palma da Indonésia e às incertezas em torno de isenções concedidas pela EPA a refinarias americanas.
No Brasil, os preços pagos ao produtor tiveram avanços em diversas regiões, impulsionados pelo interesse da China em estender compras na América do Sul. Destaque para Barreiras (BA), com alta de 8,21%, e Luís Eduardo Magalhães (BA), com ganho de 8,47%. Em Uruçuí (PI), a valorização foi de 6,25%, enquanto em Canarana (MT) houve alta de 5,46% na semana. As informações foram divulgadas nesta manhã.