Soja encerra pregão em baixa em Chicago
Outro fator baixista é a queda no preço do petróleo

A soja negociada em Chicago encerrou o pregão desta terça-feira (10) em baixa, mesmo diante da deterioração das lavouras americanas reportada pelo USDA. Segundo análise da TF Agroeconômica, o contrato para novembro recuou 0,24% ou -2,50 cents/bushel, cotado a US$ 1.031,25, enquanto janeiro fechou a US$ 1.050,50, em queda de 0,21% ou -2,25 cents/bushel. No segmento de derivados, o farelo de soja para outubro subiu 2,06% a US$ 287,70 por tonelada curta, mas o óleo de soja recuou na mesma proporção, a US$ 49,93 por libra-peso.
Apesar do cenário climático adverso nos Estados Unidos, que deveria oferecer suporte às cotações, o mercado segue pressionado pela ausência da China nos relatórios oficiais de compras, fator que preocupa exportadores diante da perda de participação no maior mercado importador do mundo. O aumento das vendas pontuais para destinos como o Egito não tem compensado essa lacuna.
Outro fator baixista é a queda no preço do petróleo, impactado por um projeto de lei republicano que visa restringir a Agência de Proteção Ambiental (EPA) de redistribuir obrigações de mistura de biocombustíveis. Caso aprovado, o movimento pode resultar em excesso de biodiesel e etanol, reforçando o embate entre o lobby do petróleo e o lobby agrícola no Centro-Oeste americano.
No entanto, há um limite para a pressão negativa: a possibilidade de uma safra menor nos EUA. A contínua seca em parte do cinturão da soja e do milho aumenta as especulações de que o USDA poderá revisar para baixo a produção no relatório mensal a ser divulgado na sexta-feira. Esse cenário ainda mantém investidores atentos às oscilações climáticas como suporte de preços no curto prazo.