Exportações do agronegócio mineiro batem recorde

As exportações do agronegócio em Minas Gerais atingiram um marco histórico no primeiro bimestre deste ano, alcançando o valor recorde de US$ 2,1 bilhões. Este desempenho representa um aumento  de 15% na receita em comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.

Este recorde não se limita apenas ao valor monetário, mas também ao volume de produtos exportados, que registrou um crescimento de 12% em relação ao bimestre anterior, totalizando 1,7 milhão de toneladas.

A diversidade da pauta exportadora mineira foi evidenciada pelo envio de 397 diferentes produtos agropecuários para 149 países ao redor do mundo, destacando a abrangência global das operações. Além da China, que respondeu por 17% do valor total exportado, outros importantes destinos incluíram os Estados Unidos (13%), Alemanha (9%), Bélgica (6%) e Japão (4%).

O café destacou-se como o principal produto da pauta exportadora mineira, representando 53% da receita total das exportações. Com uma receita de US$ 1,1 bilhão e um volume de 5,3 milhões de sacas exportadas, o café continua a liderar as vendas, com destaque para os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Japão e Itália como principais compradores.

O complexo sucroalcooleiro, composto pelas vendas de açúcar de cana, álcool e seus derivados, alcançou um recorde na receita de US$ 340 milhões. A abertura de novos mercados contribuiu significativamente para este desempenho, com países como Índia, Indonésia e Iraque impulsionando as vendas.

As exportações de carne bovina e suína também registraram um aumento, totalizando US$ 205 milhões. A compra de países como Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes e Chile impulsionou a valorização desses produtos.

Os produtos florestais, incluindo celulose, papel e borracha, geraram uma receita de US$ 166 milhões. Apesar de um pequeno declínio nos embarques, a celulose continuou a ser o principal produto do setor, respondendo por 97% da demanda.

O complexo soja enfrentou desafios devido ao aumento da oferta global, resultando em uma queda tanto no valor quanto no volume das exportações. A receita alcançou US$ 144,5 milhões, com o embarque de 283 mil toneladas exportadas.