Colheita do milho em Mato Grosso encerra com atraso

A colheita do milho em Mato Grosso foi concluída na última sexta-feira (22/08), marcando o fim de um ciclo que trouxe desafios, mas também resultados positivos para os produtores. O processo da safra 24/25 terminou com duas semanas de atraso em comparação ao calendário do ciclo anterior, reflexo direto das condições climáticas que retardaram o início da colheita da soja e, consequentemente, a semeadura do milho de segunda safra.

Segundo informações do boletim informativo do Imea, embora o atraso tenha sido registrado, a velocidade da colheita foi mais intensa do que em safras passadas, como a de 2016/17, quando ocorreu a colheita mais tardia da série histórica do instituto. Esse desempenho foi impulsionado pela intensificação dos trabalhos a campo, sobretudo a partir da segunda quinzena de julho.

O clima, que poderia ter sido um fator ainda mais limitante, trouxe surpresas ao produtor mato-grossense. Houve chuvas pontuais até mesmo no mês de agosto, algo considerado incomum para o período. Essa condição favoreceu o desenvolvimento das lavouras, inclusive daquelas semeadas fora da janela ideal, encerrada em 28 de fevereiro. O resultado foi um ganho extra em produtividade, contrariando expectativas iniciais de perdas maiores.

Ainda de acordo com o Imea, as precipitações prolongadas foram decisivas para sustentar o bom desempenho da safra, garantindo qualidade aos grãos e sustentando rendimentos médios acima do esperado. Esse cenário reforça a resiliência do setor produtivo de Mato Grosso diante de oscilações climáticas e amplia a competitividade do estado no cenário nacional de produção de milho.

Com a conclusão da colheita e a confirmação dos números, a atual projeção de produtividade do Imea já supera os resultados registrados nas últimas temporadas. Esse avanço fortalece o papel de Mato Grosso como o principal produtor do grão no Brasil, consolidando o estado como referência em volume e eficiência agrícola.