Milho tem dia de oscilações na B3

Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado futuro de milho na B3 encerrou a quarta-feira (11/06) com cotações mistas, refletindo tanto a pressão de baixa vinda da Bolsa de Chicago quanto a valorização do real frente ao dólar. Apenas o contrato com vencimento em março de 2026 registrou alta. A valorização da moeda brasileira tem inibido as vendas por parte dos produtores, especialmente para exportação, o que contribui para o ritmo lento dos negócios.

O mercado segue atento à divulgação dos relatórios de oferta e demanda da Conab e do USDA, que podem revisar para cima a estimativa de produção da safra brasileira. Diante desse cenário, os contratos com vencimento em julho/25 encerraram o dia cotados a R\$ 63,73 (-R\$ 0,51 no dia e -R\$ 0,27 na semana) e R\$ 64,66 (-R\$ 0,58 no dia e -R\$ 0,62 na semana). Já o contrato setembro/25 caiu R\$ 0,42 no dia, fechando a R\$ 67,88, acumulando queda semanal de R\$ 0,70.

Em Chicago, os contratos futuros também recuaram, influenciados por ajustes de posições antes da divulgação do relatório WASDE do USDA. A falta de avanços concretos nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos, especialmente no que diz respeito aos grãos, trouxe insegurança aos investidores. As tensões políticas com o México, agravadas por declarações da administração Trump, também pesaram no mercado.

As cotações de julho, que servem de referência para a safra de verão brasileira, caíram 0,40%, ou 1,75 centavos de dólar por bushel, para US\$ 437,00. Já os contratos de setembro, usados como referência para a safrinha, recuaram 0,06%, ou 0,25 centavos, encerrando a US\$ 425,25. A expectativa é de que o relatório do USDA possa mostrar uma redução na área plantada, mas com aumento na produtividade, o que pode influenciar os estoques finais dos EUA.