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Mercado de grãos abre o dia pressionado: Veja os preços

A pressão vem do início da colheita de inverno nos EUA e da expectativa de boa safra



A pressão vinda do clima favorável ao plantio americano e da oferta brasileira é contrabalançada pela maior demanda chinesa A pressão vinda do clima favorável ao plantio americano e da oferta brasileira é contrabalançada pela maior demanda chinesa - Foto: Nadia Borges

Segundo dados da TF Agroeconômica desta quarta-feira (29), os mercados internacionais de trigo, soja e milho operam com leves oscilações, refletindo fatores climáticos e comerciais. O trigo recua em Chicago, com o contrato para julho cotado a US$ 531,00 (+0,75) e dezembro a US$ 568,75 (+0,50). 

A pressão vem do início da colheita de inverno nos EUA e da expectativa de boas safras no Hemisfério Norte. No Brasil, o Paraná sustenta preços elevados, próximos à paridade de importação (R$ 1.538,02/t, +0,05%), enquanto o Rio Grande do Sul (R$ 1.362,60/t, estável) ainda tem alguma disponibilidade, mas em queda pela demanda interna e de outros estados.

Na soja, o mercado reage levemente após decisão do Tribunal de Comércio Internacional dos EUA, que bloqueou tarifas recíprocas pretendidas pelo governo Trump. Em Chicago, julho opera a US$ 1.051,0 (+2,50) e maio/26 a US$ 1.072,25 (+4,25). A pressão vinda do clima favorável ao plantio americano e da oferta brasileira é contrabalançada pela maior demanda chinesa, que impulsiona negócios no Brasil, elevando o preço no Paraná para R$ 128,49 (+0,37%).

O milho mantém viés de baixa. Em Chicago, julho está estável a US$ 451,0, enquanto na B3 julho recua para R$ 63,65 (-0,82%) e janeiro/26 para R$ 71,25 (-0,42%). A colheita da safrinha no Brasil, somada à retração da demanda — agravada pela gripe aviária — pressiona os preços internos, que caíram para R$ 69,42 (-1,98% no dia e -13,37% no mês). No exterior, há relatos de possíveis cancelamentos de contratos americanos, firmados anteriormente a preços mais altos.

A recomendação da TF Agroeconômica é clara para o milho: vender antes que os preços recuem ainda mais, com expectativa de fundo do poço em julho. A soja, por outro lado, pode ter algum fôlego de alta no curto prazo, sustentada pela demanda da China e pela disputa entre indústria e exportadores no mercado brasileiro.
 

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