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Trigo: mercado segue travado e com incertezas

A disponibilidade de trigo no RS gira em torno de 320 a 370 mil toneladas



A disponibilidade de trigo no RS gira em torno de 320 a 370 mil toneladas A disponibilidade de trigo no RS gira em torno de 320 a 370 mil toneladas - Foto: Canva

Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil continua operando de forma cautelosa e com baixa liquidez. No Rio Grande do Sul, apesar da expectativa de tempo firme até sexta-feira (13/06), o plantio ainda não avançou significativamente nas últimas duas semanas. O cenário é de incerteza total quanto à área final cultivada no estado, com consenso apenas de que será menor que a do ano passado. No mercado disponível, os negócios seguem “da mão para a boca”, com valores entre R$ 1.300 e R$ 1.400 por tonelada, dependendo da localização e da qualidade do produto.

A disponibilidade de trigo no RS gira em torno de 320 a 370 mil toneladas ainda não negociadas. Os moinhos locais já estariam abastecidos até o final de julho, e produtores reduziram as ofertas, o que trouxe leve alívio ao mercado. Exportações para dezembro ocorreram a R$ 1.305/t, mas os moinhos seguem afastados. O preço da pedra em Panambi manteve-se estável em R$ 70,00/saca.

Em Santa Catarina, houve alguns negócios fora do padrão de mercado, com indicações entre R$ 1.420 e R$ 1.430 CIF. Um lote pontual de sobra de semente chegou a R$ 1.500 FOB. Também houve chegada de trigo melhorador do RS a R$ 1.460 + ICMS. A nova safra ainda não tem indicações de preços e houve redução nas vendas de sementes, estimada em 20% frente ao ano anterior. Os preços pagos ao produtor se mantiveram entre R$ 74 e R$ 80/saca, a depender da praça.

No Paraná, o ritmo é lento, seguindo a dinâmica do mercado de farinhas. Os vendedores pedem R$ 1.550 a R$ 1.700 FOB, enquanto compradores ofertam até R$ 1.500 FOB para retirada em junho e pagamento em julho. O trigo argentino está presente no mercado, aproveitando possíveis isenções de retenciones. Para a nova safra, há compradores oferecendo R$ 1.400/t para outubro e R$ 1.350/t para novembro, mas não há vendedores. O preço da pedra recuou 0,21% na semana, com média estadual de R$ 79,25/saca, ainda proporcionando lucro médio de 7,78% ao produtor, segundo o Deral.
 

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