SC: soja de safrinha tem perdas, mas safra é positiva
Chuvas irregulares afetam soja de safrinha em Santa Catarina

O desenvolvimento das lavouras de soja de safrinha em Santa Catarina foi impactado pela irregularidade das chuvas no primeiro trimestre de 2025, conforme indica o 8º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
As regiões mais atingidas foram Chapecó, São Miguel do Oeste e Xanxerê, que concentram mais de 85% da área cultivada com soja de segunda safra. Nessas localidades, a oleaginosa é semeada em sucessão a outras culturas, como milho e fumo. Segundo o relatório, o déficit hídrico prejudicou o florescimento e o enchimento de grãos, reduzindo o crescimento das plantas e afetando a produtividade em diversas áreas.
Nas regiões de planalto e serra, o cenário foi distinto. “As condições climáticas foram benéficas para a cultura, principalmente com relação às chuvas ocorridas ao longo do ciclo, que favoreceram o crescimento e a formação de vagens e grãos”, destaca a Conab.
No Meio-Oeste catarinense, 90% da colheita já foi finalizada. A produtividade variou entre 3.000 e mais de 4.800 quilos por hectare, com média estimada em 3.600 kg/ha. No Extremo-Oeste, a colheita chegou a 84%, com bons resultados nas áreas cultivadas dentro da janela ideal.
Apesar dos impactos negativos nas lavouras de semeadura tardia e na soja de safrinha, a produção obtida nas áreas implantadas em período adequado compensou parte das perdas. Com isso, a Conab elevou a estimativa de produtividade média do estado para 3.800 kg/ha, número 1,3% superior ao registrado na safra anterior.