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Requeima pode reduzir até 70% da produção de tomate

Requeima ameaça safra de batata e tomate em 2024/25


Foto: Pixabay

Mesmo diante de expectativas positivas para a safra 2024/25 de hortaliças, produtores de batata e tomate enfrentam um desafio que ameaça seriamente a produtividade: a requeima, doença fúngica causada pelo Phytophthora infestans. Segundo especialistas, trata-se de uma das infecções mais agressivas e que, quando associada a pragas como a traça do tomateiro (Tuta absoluta), a mosca-branca (bemisia tabaci) e os pulgões, eleva ainda mais os riscos de perdas.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta que a requeima apresenta maior incidência durante o inverno, quando temperaturas entre 12°C e 18°C combinadas à umidade relativa acima de 90% criam o ambiente ideal para a disseminação do fungo. Nessas condições, a doença se espalha com maior rapidez em áreas de plantio denso. Em lavouras de batata, os prejuízos podem variar de 10% a 50% da produção. No caso do tomate, as perdas podem oscilar entre 20% e 70%, podendo chegar a 100% em situações graves e sem manejo adequado.

O fungo atinge inicialmente as folhas, que apresentam manchas irregulares e escuras, evoluindo para necrose e morte dos folíolos, em um processo semelhante à queima das folhas. Em condições de alta umidade e queda de temperatura, as manchas se tornam encharcadas e aumentam de tamanho. Em estágios avançados, a requeima compromete diretamente frutos de tomate e tubérculos de batata, gerando lesões que reduzem a qualidade comercial.

Nos tubérculos de batata, as lesões são castanhas e superficiais, com necroses irregulares e coloração marrom granular. Já nos tomates, as manchas apresentam aspecto oleoso e firme, podendo se espalhar por toda a superfície, o que leva à podridão dura e à perda do valor de mercado, sem que o fruto se desprenda da planta.

O engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Fernando Gilioli, ressalta a dificuldade de detecção precoce. “É uma infestação silenciosa, muitas vezes só percebida quando já está disseminada. O manejo preventivo é essencial para garantir a sanidade da lavoura e evitar perdas severas”, afirmou.

A fase reprodutiva das culturas, como o enchimento dos tubérculos da batata e a formação dos frutos do tomate, é a mais vulnerável, pois a planta exige maior aporte de energia e nutrientes. Qualquer estresse provocado por doenças ou pragas nesse momento compromete diretamente o rendimento.

Além da requeima, a presença de pragas agrava o cenário. A traça do tomateiro penetra e se desenvolve dentro dos frutos, enquanto a mosca-branca, além de atacar folhas, atua como transmissora de viroses. Esse conjunto de fatores exige monitoramento constante e ação rápida no controle.

Nesse contexto, o manejo integrado de pragas e doenças é fundamental. A prática envolve o uso combinado de defensivos agrícolas e boas práticas agronômicas, como espaçamento adequado entre plantas, rotação de culturas, eliminação de restos vegetais, adoção de variedades tolerantes e equilíbrio nutricional, medidas que contribuem para reduzir a pressão de infestação nas lavouras.

Para auxiliar o produtor nesse enfrentamento, a IHARA vem investindo em soluções de alta performance e baixo impacto ambiental, combinando moléculas modernas desenvolvidas no Japão adaptando-as à realidade tropical brasileira, validadas agronomicamente em diferentes regiões produtoras, refletindo a diversidade de condições do campo brasileiro. 
 

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