Soja recua em Chicago com clima favorável nos EUA
O contrato de agosto, referência para a safra brasileira, caiu 1,24%
O contrato de agosto, referência para a safra brasileira, caiu 1,24% - Foto: Divulgação
A soja fechou em baixa nesta segunda-feira (22/07) na Bolsa de Chicago (CBOT), pressionada por previsões climáticas favoráveis nos Estados Unidos e pela ausência contínua da China nas compras da nova safra americana. Segundo análise da TF Agroeconômica, a realização de lucros também contribuiu para a retração dos preços, após os ganhos acumulados na semana anterior.
O contrato de agosto, referência para a safra brasileira, caiu 1,24% (ou -12,75 cents/bushel), fechando a US$ 1.015,00. A posição de setembro recuou 1,03% (ou -10,50 cents/bushel), a US$ 1.010,50. No mercado de derivados, o farelo de soja para agosto caiu 1,28% (ou -US$ 3,50/ton curta), encerrando a US$ 270,5. Já o óleo de soja destoou da tendência e subiu 0,45% (ou US$ 0,25/libra-peso), fechando a US$ 56,07.
O mercado reagiu às chuvas registradas no cinturão produtor de soja e milho, que elevaram as expectativas quanto à qualidade das lavouras. Apesar disso, o relatório de condições de cultivo divulgado pelo USDA após o fechamento do mercado não confirmou melhora significativa na qualidade da safra. Ainda assim, o otimismo climático prevaleceu nos negócios do dia.
Outro fator de pressão foi o relatório semanal de inspeções de exportação do USDA, que mostrou embarques de 364.990 toneladas — número acima do dobro da semana anterior, mas ainda assim insuficiente para sustentar os preços, principalmente diante da ausência da China. O país asiático, maior comprador global de soja, segue totalmente fora do mercado da nova safra americana, o que reforça o viés baixista no curto prazo.
